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sábado, 15 de janeiro de 2011

ARMADA AGUALUSA. 8 - VISTOS


“Confundir a empresa petrolífera “Chevron” (com vistos, a partir do Soyo) com a democracia dos USA , é verdadeiramente arriscar-se às leis do frigorífico”.


Que haja cidadãos portugueses a contribuir para instituições de solidariedade social angolana, quando milhões de dólares esvoaçam “sem lei, nem roque” por terras lusas é algo que causa revolta à boa vontade de qualquer benemérito.

Isto não quer dizer que não estejamos habituados às contradições dos sistema políticos, e, que todas as sociedades reservam as suas fraquezas e virtudes, e, que as sociedades são constituídas por indivíduos.

Certamente que a democracia americana defende outro tipo de valores que uma simples companhia petrolífera, e que a diplomacia angolana compreende que estas diferenças são de real valor, sem a vã razão de conflitos diplomáticos.

De forma idêntica compreendemos o esvoaçar “sem lei nem roque” de alguns milhões, lamentando que as riquezas de um povo não sejam aplicadas em seu benefício.

Se os USA tem capacidade de efectuar congelamentos de contas bancárias não quer dizer que Portugal, país pequeno, não tenha de respeitar regras comunitárias, já que pertence à Comunidade Europeia.

As relações entre Estados pressupõem regras e normas que não devem ser ultrapassadas por simples desejos individuais que não respeitam uma certa legalidade, ainda que os americanos partam do Soyo, com visto na mão, e, em Portugal, somente, ao fim de cinco meses se possa obter um “visto”.

Felizmente que há cidadãos portugueses que mereciam um "Visto Chevron".

ARMADA AGUALUSA. 7 - RAFALE - "Quai d'Orsay"


A ”diplomacia do silêncio” está habituada a passar os corredores dos palácios franceses na capital lisboeta, escutando as pausas musicais de não intervenção, dada que os conflitos se escondem debaixo dos tapetes diplomáticos.


Pouco interessa interferir nas “coutadas” diplomáticas, já que a “reserva de caça” está reservada aos seus caçadores, ainda que ultrapasse os  limites dos famosos “direitos humanos”.

Quer dizer, pouco nos interessa se os trabalhadores consulares tenham os seus direitos garantidos, já que a famosa democracia, das Luzes e dos Pensadores, nada tem a ver com questiúnculas de ínfima relevância. Além disso, existem organismos para manterem tais direitos, mas que passados pelos “crivos franceses” relevam o silêncio.

Os mais altos políticos, diplomatas e empresários franceses estão mais interessados em vender a “coqueluche da aviação” ao Brasil.

Ainda que “a diplomacia do silêncio” se veja confusa nas suas “ideias claras e distintas” de René Descartes, ou, indo “do simples ao complexo, e , vice-versa” aludindo ao seu método, augura-se no seu espírito qualquer ideia semelhante, de tipo racional.

Não seria possível exigir ao “Quai d’Orsay”, um exemplar idêntico àquele que querem vender ao Brasil.

Dirão, logo: “se comprares”.

E, se a “diplomacia do silêncio” descobrir fundos suficientes para arrancar com a “coqueluche da aviação” francesa.

Até lá, esperaremos!...

Será que existe, penso, capacidade de rafar um “Rafale”.

Recordem-se da frase:“Olhe que não!...  Olhe que não!..."

ARMADA AGUALUSA. 6 - "A diplomacia do silêncio" - Quai d'Orsay

A diplomacia do silêncio – Quai d’Orsay




Felizmente temos cidadãos portugueses com passaporte “Chevron”. Quer dizer, não têm, efectivamente, necessidade de ir para lá. Posso, concretizar, em Malange.

Embora, pessoalmente, me sinta muito honrado de chegar aos USA, de passaporte português, com carimbo francês.

Certa arrogância francesa dizia que nada temos a ver com Angola. Precisamente, na cidade de Faro, exibindo as credenciais do marketing de François Miterrand, ao qual se retorquiu: “empresta-me os teus Mirages”.

É claro que esta “diplomacia do silêncio” atravessa os bancos do colégio, as bandeiras da Sorbonne e a constituição de uma “Task Force”, cujo contributo não desprezamos.

Nunca atravessámos os corredores do “Quai d’Orsay”, embora outros fizessem o seu percurso que, felizmente ou infelizmente, a “diplomacia do silêncio” lhe tenha gizado.

É evidente que a “diplomacia do silêncio” está ligada a instituições de cariz humanitário, totalmente, desligada das querelas políticas ou diplomáticas.

Mas convém saber que a deportação camuflada da arrogância francesa não é com a sua exibição de Mirages que atinge determinados objectivos diplomáticos.

O espaço lusófono não desapareceu com o dito colonialismo. A língua une-nos nas nossas ansiedades, lutas, desejos e sonhos.

Tanto vamos para o nosso País, como vamos para a pátria da nossa língua.

Qualquer dia, a “arrogância francesa” tanto olhará para Angola, como olha para o Brasil.

Até lá, estamos simplesmente em pré-aviso e na “Armada Agualusa”

Staff presidencial.91 - Expresso - "Le Bleu du Portugal"

“Aníbal Cavaco Silva, actual e futuro Presidente da República deste país, deve ser dos políticos por quem os portugueses têm menos admiração e menos empatia”


”Sob um céu cinzento”, Expresso, 15 de Janeiro de 2011, by Miguel Sousa Tavares.



Caro escritor:

Esta frase lapidar atravessa um percurso político de insofismável memória!..

“Escavaca este país”, soou pelas ondas hertzianas como grito de angústia, revolta e reposição do lamaçal político, em que a ”ditosa Pátria amada” estava ensombrada.

Todavia, “um céu cinzento” mantém-se impermeável e impenetrável nas profundezas económicas, cujo eco e ressalto ressoa nas nossas margas algibeiras.

O famoso “sonho do Brasil” relançado pelo “eterno animal político” da cena portuguesa refulgiu em terras brasileiras pelas mãos de um simples mecânico dos trabalhadores.

Os arautos da economia não conseguem consertar a engrenagem da máquina monetária e fiscal que devora, continuamente, a classe trabalhadora.

Por vezes, sonha-se com o “Bleu du Portugal”, mas o azul de Portugal está transformado em cinzento. O cinzento é a mistura de todas as cores. As cores não existem no mundo da natureza. Os seres humanos, o nosso cérebro ou mente, transformam o mundo sem cor, num mundo colorido e bonito.

Portanto, nada mais nos resta, de que, com pouco ou muito dinheiro, transformar o cinzento nas mais variadas cores, e que cada um encontre um pouco de felicidade no mundo colorido da sua mente.

Apesar de pairar sobre nós este “céu cinzento”, mantemos sempre um sonho do “Bleu du Portugal”.

Já que, com pouco ou muito dinheiro, a felicidade não se compra, mas que o dinheiro ajuda, isso é verdade.

ARMADA AGUALUSA. 6 - MALA DIPLOMÁTICA


Evidentemente que existem regras diplomáticas que devem ser cumpridas.

O congelamento de contas bancárias da representação angolana nos USA, pela terceira vez consecutiva, não deve fugir a certas regras que envolvem a diplomacia.

Os canais diplomáticos, embora possuem as suas “malas diplomáticas” não devem servir para meios menos lícitos.

Até que ponto o Banco Central de Angola está envolvido nestas situações, isso cabe verdadeiramente às autoridades angolanas.

Qualquer analogia entre a pretensão angolana de reivindicar 1/3 da Petrogal, e a dívida soberana de 1/3 dos USA, financiada pelos chineses, não tem nenhum referente com a diplomacia.

As autoridades portuguesas estão obrigadas a prestar todo o apoio no funcionamento das “malas diplomáticas”, quando estas lesam os direitos e interesses angolanos. Todavia, os agentes federais dos USA estão obrigados a reestabelecer as regras diplomáticas quando qualquer instituição estrangeira ultrapassa os seus limites.

O governo de Angola, felizmente, detém uma “task force” que certamente zelará por certos interesses, se porventura resolver pôr em acção!...

Neste ponto específico não é qualquer “agência credível” que reunirá os elementos necessários para certa concertação.

A complexidade da máquina fiscal exige o contributo de altos e médios quadros, que além do saber técnico, devem reunir qualidades de dedicação ao serviço público.

E, o serviço público, deve estar atento às carências da população.

Confundir a empresa petrolífera “Chevron” (com vistos, a partir do Soyo) com a democracia dos USA, é verdadeiramente arriscar-se às leis do frigorífico.

Algoritmo do Kadafi.72. "Ça bouge" - Quai D'Orsay

"Ça bouge” – Quai d’Orsay




Indirectamente a polémica com o chefe protocolar da Líbia funcionou como rastilho da primeira revolução democrática na Tunísia.

As esperanças depositadas durante 23 anos nas mudanças sociais e políticas deste país do Magrebe esmoreceram de tal forma que o seu líder foi obrigado a procurar qualquer oásis, ainda que este território seja o refúgio mais emergente do turismo europeu.

A comunidade da Tunísia em França não merece o menosprezo, o silêncio ou a marginalização, já que detém uma capacidade de liderança, bem cimentada, em valores de irredutível validade.

A política externa francesa, sofreu, sem dúvida, um certo revés, apesar de todas as suas boas intenções.

Os fenómenos sociais, na época da informação digital, desencadeiam processos que as consagradas estruturas diplomáticas tem dificuldades em acompanhar.

Com 50% da população, numa faixa etária de menos de 30 anos, onde os problemas da juventude se acentuam, a emergência da explosão social na Tunísia, reserva algumas incógnitas que o mundo árabe acarreta.

Para nós, europeus, a Tunísia assume-se como o país mais próximo da cultura europeia.

Os seus processos de liberalização são uma chama de esperança na separação do mundo político e do mundo religioso.

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...