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terça-feira, 4 de maio de 2010

EURO POLITIQUE. 26

“A Grécia, para salvar-se, comprou caro um futuro mais pobre”


(Miguel Esteves Cardoso, in Público de 04.05.2010)

Os políticos gregos afirmam entre a “falência e a salvação”, ou, entre o “colapso e os sacrifícios”, já que voltar ao “dracma” não é possível.

As agências de “rating” ou de “notação pública” vagueiam numa “informação aos credores”, e, numa “informação simultânea”, de cuja exemplaridade é a corretagem, do dia de hoje, com a respectiva reacção da política espanhola.

Como afirma o Miguel Esteves, certamente que também nós, portugueses, vamos ficar mais pobres.

Aliás, também se prognostica um risco de falência, face ao desenvolvimento dos mercados financeiros, cuja emissão de empréstimos se faz junto de investidores profissionais e privados. Portanto, aqui estamos sujeitos ao movimento especulativo do euro, cujos mecanismos de afirmação como moeda se fundamenta numa certa sustentação aleatória de geometria variável.

Todavia, o "mundo rico europeu" não deve olhar, não só para si mesmo, como também para o impulso, e, movimento especulativo sobre o euro.

As outras economias mais débeis do planeta ressente-se de uma moeda que talvez não representa o seu real valor neste mundo da globalização.

Portanto, três factores parecem surgir como demonstração destes movimentos financeiros:

- 1) A pretensão do dólar adquirir o seu espaço de certa subalternidade à moeda europeia, como moeda mais forte.

- 2) A real fortaleza do euro como moeda única do espaço europeu, face à diversidade das suas economias.

- 3) Uma moeda excessiva forte no contexto da globalização, e, consequentemente a carecer de uma desvalorização.

Hipoteticamente, mas contra uma falência absoluta do euro, não nos resta mais que construir um “Real+Escudo” (uma língua única, uma moeda única) .

EURO POLITIQUE.25


Por vezes, a perplexidade invade-nos com os comentários gauleses, acerca da política interna e externa portuguesa, ao nível do senso comum, emitida por singulares pessoas.


Por vezes, a sua acutilância demonstra alguma razoabilidade

Todavia, ao nível intelectual erguem-se as barreiras de uma hegemonia cartesiana, nada condizente com o “ar marinheiro”, da arte de bolinar dos lusos navegadores, de “feição e jeito português”, mas que lhes causa alguma admiração. E, esta arte de navegar à vista, que não é ciência, levanta-se em idêntica perplexidade em alguns casos concretos, a nível económico, cujo retorno de capital os deixa perplexos, com a devida exclamação: ”nunca esperávamos!...”

Ora, vejamos os dez critérios das agências de rating, de origem americana e sob comando yankee:

- contexto político

- situação económica

- perspectiva de crescimento

- flexibilidade orçamental

- endividamento público

- compromissos exteriores e externos

- política monetária

- balança de pagamentos

- dívida externa dos sectores públicos e privados

Evidentemente que “nous ne sommes pas la Pythie de Delphes”, como afirma Carol Siron, presidente da Standar & Poor’s, nem desafiamos os deuses, nem ocultamos os oráculos, mas caminhamos com algumas certezas, porque é isso que nos alimenta o corpo e o espírito.

Hoje em dia, no lugar da Pitonisa de Delfos, cantam as cigarras, mas estamos conscientes que temos de ser formigas.

Apesar da situação crítica portuguesa, esconjuramos os anátemas, e, ansiamos que os oráculos nos protejam da falência.

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...