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domingo, 2 de fevereiro de 2014
EUROPOLITIQUE: O néctar de Baco na China e Angola
Aos domingos, na África do Sul, não se pode comprar vinho nos seus super-mercados. Bela tradição, que faz lembrar as “lojas estatais” implantadas no Canadá ou USA, que visam criar hábitos de moderação à influência dos eflúvios do néctar do deus Baco e das suas bacantes. Todavia, o grande país do Sudoeste Africano é o maior produtor de vinhos em África, com mais de cem mil variedades do famoso néctar. Por isso, ambiciona aumentar a sua quota de exportação para Angola, onde, ainda pontificam as marcas portuguesas, que devem estar atentas ao seu mercado, porque este país africano começa, também, a iniciar uma tímida produção. Mas, o primeiro país do mundo, maior consumidor de vinho tinto, é a China. Os chineses são fervorosos adeptos do deus Baco e suas bacantes. A sua classe média, que engloba mais de 400 milhões de consumidores, tem-se tornado no grande amante do néctar vermelho. Aliás, a China ambiciona tornar-se no primeiro país vinhateiro do mundo, dentro de cinco anos.
Se os vinhos da África do Sul custam entre os 10 a 500 dólares, com uma produção anual de 1,2 mil milhões de litros, os exportadores portugueses do néctar de Baco devem munir-se de “armas e bagagens” para não perderam o lugar do pódio que, ultimamente, tem ocupado não descuidando o “olhar chinês”, que pisca à direita e à esquerda. Um “pisca-pisca” contínuo que caminha com um pestanejar chinês.
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