Ainda estava fresco o óbito paternal, quando surge o alerta de uma entrevista com um secretário de Estado. Recordava-me da saudação carinhosa na "Estufa-Fria", em Lisboa, e, de uma missiva enviada acerca de uma possível estruturação em certos serviços. A marcação de tal encontro divagou entre a "agenda particular" e a "agenda oficial".
Da fronteira até Lisboa, a viagem decorreu num ápice de tempo.
Face ao meu descontamento com as mais variadas peripécias pessoais, estendeu-se um vago convite para uma incerta missão. Entretanto, relembrei uma tal missiva enviada para tão digno signatário, cuja existência se evacuou em total ausência.
Por simples coincidência, surge na impressa portuguesa que dois funcionários são enviados para
para uma digna auscultação em serviços idênticos em França e na Itália.
Cabe-me acrescentar que a insuficiência de dados se esfumou, na seguinte frase:
"Nós, o governo!..."
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sábado, 10 de janeiro de 2009
Episódios da Raia.4
Perplexo, o oficial da alfândega observava a estranha mercadoria na bagageira do carro, que se estendia por demais espaço. O trâfico estava longe de qualquer para-choques prateado, ou, de qualquer tipo de artigo de contrabando. O "renault 5", cor de vinho, regorgitava de livros e mais livros, ferramenta essencial de qualquer forma de labor. Após, breve hesitação, exclamou:
- "É, para bem, da cultura, não é?!...", retorquiu, o oficial.
Após um ano de leccionação, o auxílio de tão precioso material tornava-se imprescindível a tal função. Todavia, ainda me recordava de questionar um colega sobre o programa da respectiva matéria. Rapidamente, respondeu:
-"Não há programa". Com grande surpresa, anui:
- "Já que não há programa, irei implementar uma nova planificação".
Não foram precisos muitos dias para receber uma repreensão sobre o desconhecimento de tal programa. Qual é o meu espanto ao verificar, que tal planificação não era mais que uma fiel cópia do programa que implementei!...
Adeus, Valença, fronteira de Tui.
Obs:
a)Mudei de escola.
b)Como algum iluminado encarregado de "educação" estivesse preocupado com o programa, nessa época!....
c)Não fosse tal personagem um activista partidário!... (Advinhem qual o partido?...)
- "É, para bem, da cultura, não é?!...", retorquiu, o oficial.
Após um ano de leccionação, o auxílio de tão precioso material tornava-se imprescindível a tal função. Todavia, ainda me recordava de questionar um colega sobre o programa da respectiva matéria. Rapidamente, respondeu:
-"Não há programa". Com grande surpresa, anui:
- "Já que não há programa, irei implementar uma nova planificação".
Não foram precisos muitos dias para receber uma repreensão sobre o desconhecimento de tal programa. Qual é o meu espanto ao verificar, que tal planificação não era mais que uma fiel cópia do programa que implementei!...
Adeus, Valença, fronteira de Tui.
Obs:
a)Mudei de escola.
b)Como algum iluminado encarregado de "educação" estivesse preocupado com o programa, nessa época!....
c)Não fosse tal personagem um activista partidário!... (Advinhem qual o partido?...)
Episódios da Raia.3
Girava a mala verde nas transportadoras de bagagem do aerorporto "Charles DeGaulle", quando ecoou nos altifalantes:
- "A.M. détenu à cause des autorités portugaises".
O avião da "Air France" já tinha descolado sem autorização das "forças militares", ainda que estas garantissem que não levantaria voo. A torre de controlo civil reiterava:
- "Era o que faltava, com os motores em aquecimento, estar à espera de um passageiro"
Martelava-se no "pbx" da caixa telefónica, aguardando resposta dos serviços militares. Ansioso, o passageiro, em questão, afirmava estar dentro da legalidade, já que permanecia no país ao abrigo de um decreto presidencial, retorquindo:
- " Se não for de avião, amanhã; irei de combóio."
No dia seguinte, voava tranquilamente o avião sobre a Galiza, enquanto se discutia haver passageiros a mais dentro da aeronave.
Adeus Pedra Rubras, Adeus Porto!...
- "A.M. détenu à cause des autorités portugaises".
O avião da "Air France" já tinha descolado sem autorização das "forças militares", ainda que estas garantissem que não levantaria voo. A torre de controlo civil reiterava:
- "Era o que faltava, com os motores em aquecimento, estar à espera de um passageiro"
Martelava-se no "pbx" da caixa telefónica, aguardando resposta dos serviços militares. Ansioso, o passageiro, em questão, afirmava estar dentro da legalidade, já que permanecia no país ao abrigo de um decreto presidencial, retorquindo:
- " Se não for de avião, amanhã; irei de combóio."
No dia seguinte, voava tranquilamente o avião sobre a Galiza, enquanto se discutia haver passageiros a mais dentro da aeronave.
Adeus Pedra Rubras, Adeus Porto!...
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