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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

EUROPOLITIQUE: "As casas" por Angola

Fazer 17 quilómetros por dia, para chegar ao seu local de trabalho na cidade de Luanda, obriga a que as pessoas se levantem às quatro da manhã, por causa do transito infernal que assola a capital de Angola; o que contrasta com Paris, cuja distância se pode percorrer entre 10 a 15 minutos, com um bom sistema de transportes.
Esta caso paradigmático da falta de habitação em Luanda contrasta com a promessa governamental de construir, pelo menos, 200 casas em cada município, pelas extensas terras angolanas. Todavia, esta problemática é extensiva à capital moçambicana. 
Fazendo apelo à notícia da Angop “  seis mil apartamento” serão construídos no Cuito, e mil casas no Andulo. Certamente que os problemas com o trânsito serão bem menores.
Na sequência desta notícia, a prioridade destas casas está reservada para os trabalhadores da Função Pública (quatro mil apartamentos) e cidadãos singulares (duas mil casas).
A inserção na cidadania angolana, certamente que deve começar pelo funcionalismo público, desde que lhe sejam concedidas as condições mínimas de acesso à habitação, desde que o sistema de juros lhes seja possível, desde que possam manter um nível de vida digno. Caso contrário, a degradação humana e social, certamente gerará subornos e corrupção. Aliás, a venda de apartamentos e casas não está imune a estes processos de chantagem, que têm ensombrado a sociedade angolana.
Com mais de duzentas empresas dedicadas à construção civil, Angola começa a despontar para a criação de condições dignas de acesso à habitação. Além disso, beneficia da mão de obra chinesa que internamente (na China) desenvolveu técnicas e capacidades de construção que são um instrumento válido para os angolanos, além de que os seus preços são bem favoráveis para este negócio.
Oxalá, a banca corresponda às expectativas das famílias carenciadas de Angola, para que a  habitação se torne uma realidade para a sociedade angolana.

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