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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

EUROPOLITIQUE: O cereal Milho - Um "Bem Essencial" para os Angolanos


Quem visitar o estado de Minnesota, nos USA,  estende o seu olhar nas vastas pradarias de cultura intensiva do milho, onde uma casa, um silo e hectares de terra, reaparecem em um mar verde, silencioso  e ondulante, que somente qualquer fábrica espalha com o seu cheiro de torrefacção. Minneapolis et Saint Paul detêm 60% da população do Estado, 40% dedica-se às mais variadas actividades agrícolas, mas, sobretudo o milho.
Em Angola, o economista Cláudio Pinheiro, na sua visão radical afirma que o “novo ouro, é o milho”.
Tão importante é o milho para as galinhas, como a sua importância é fundamental para muitas populações africanas. Mas, “se tivermos milho, a economia real vai crescer em várias vertentes. Sem milho, sem produtos agrícolas, esse crescimento de dez por cento não é compatível com os objectivos geopolíticos do país”, diz o economista Cláudio Pinheiro.
A cultura intensiva do milho não constitui um obstáculo difícil de ultrapassar se a convergência de forças se reunir para solucionar este problema fundamental do processo alimentar angolano.
Além disso, outras actividades começam a despontar de uma certa letargia.
Em 2013, a economia não petrolífera obteve um crescimento razoável, no entanto, é necessário analisar ao patamares anteriores de onde parte este crescimento. Eis, portanto, alguns índices de crescimento:
Energia 22%.................................................................................................
Pescas 10%..................................................................................................
Agricultura 9%.............................................................................................
Indústria Transformadora 8%........................................................................
Construção 8%.............................................................................................
De acordo com o economista citado: “Temos a indústria do granito, do mármore, do ferro e outros minerais. Pode-se fomentar esse sector exportador e naquelas indústrias em que é possível fazer a transformação com valor acrescentado”.
A produção espectacular de milho nos USA, contrasta com a produtividade europeia, embora Portugal seja quase autosucifiente neste bem alimentar; todavia, convém relembrar a anterior exportação angolana:
«Ano de 1960; 
quantidade 31.965 toneladas;
-  valor em escudos:164 952 000...................................(1 033 325 dólares)
 Ano de 1969
 177.393 toneladas; 
- valor em escudos: 305 192 000». ...............................(1 911 450 dólares)    
 (História de Angolana, D.W e R.P. pg.330).
O cultivo, produção e comercialização do milho constitui uma tarefa essencial para os desígnios de Angola, que embora não possa atingir os patamares da eficiência americana, no entanto, pode atingir, brevemente, a satisfação de um bem essencial para a população angolana.

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