“Nunca pensei que Timor Leste, alcançasse a sua independência”, confidenciava alguém junto de um familiar do bispo Araújo. Mas graças à intervenção de Clinton e do apoio português foi possível que este país se libertasse do jugo indonésio.
Ultimamente estive com uma jovem
enfermeira do Porto que cumpriu três meses de voluntariado em Timor Leste. Apesar
de muita ajuda portuguesa, Timor Leste continua numa lentidão de progresso
assinalável, apesar da riqueza exclusiva e oriunda, única e exclusivamente, do
petróleo.
Segundo a agência Lusa, as exportações timorenses foram apenas de 5.948 dólares, embora o seu registo seja na ordem dos 6 milhões de dólares, já que se trata de mercadoria reexportada.
Segundo a agência Lusa, as exportações timorenses foram apenas de 5.948 dólares, embora o seu registo seja na ordem dos 6 milhões de dólares, já que se trata de mercadoria reexportada.
A importação de mercadorias de Timor Leste atingiu, no mês de
Junho, a cifra de 51,57 milhões de dólares, cujo exponencial anual, “grosso
modo”, atinge a soma de 600 milhões de dólares.
Se no período, de 1 de Abril a 30 de Junho, ou seja, em três
meses, entraram 294,68 milhões de dólares, graças às “royalties” do Fundo
Petrolífero, as receitas previsíveis anuais são da ordem dos 978, 72 milhões de
dólares, embora para o seu OGE sejam somente 920 milhões de dólares.
Apesar da quase nulidade de quota exportadora, Timor Leste
beneficia de uma “almofada financeira”, graças ao petróleo, na ordem dos 300
milhões de dólares.
Porém, nem o turismo, nem a agricultura fornecem uma ancora de
esperança na veia exportadora timorense.
A inversão desta dependência aguarda por novos estímulos, aos quais os
empresários portugueses não devem ficar alheios.