Uma Europa impávida e serena
Os recentes acontecimentos com os ataques de Israel , conjuntamente com a “jihad” de Kadhafi à Suíça, somente, vêm demonstrar a passividade da política da união europeia.
Um dia assisti a uma conferência de um célebre sindicalista alemão que comungava de algumas teses árabes. É evidente, que saí um pouco chocado dessa reunião, quando me convenci que os árabes não "morrem de amores" pelo Estado de Israel, já lá vão umas dezenas de anos.
O “Príncipe dos príncipes”, na sua resposta ao jornal “Der Spiegel” , argumentava que os prisioneiros suíços não lhe diziam respeito, e, que essa questão pertencia aos tribunais da Líbia, mas a “jihad” contra a Suíça, tornava-o num verdadeiro comandante romano de nome “Aníbal”, e, que estaria na disposição de falar com a senhora (“masculinizada”) Merckel, chanceler da Alemanha.
O jornalista do "Der Spigel" não argumentou que os problemas causados pelo seu filho "Hannibal", também deviam ser resolvidos pelos tribunais. O sr: Kadhafi não acredita nos tribunais europeus, adora certas invenções infantis, ("erros de juventude", como gosta de dizer), e, prefere mandar a sua filha entregar 500 mil dólares de caução!...
Israel avisou de que não estava de acordo com a passagem da ajuda humanitária. Alguns incautos não pretendiam um tal reacção de “animal ferido”. Enganaram-se, apesar da sua imagem não sair bem na fotografia.
O diálogo com o mundo árabe não é nada fácil. Todavia, a Europa não pode ficar, somente, na retórica. A Europa tem de envolver meios persuasivos, e, mais eficazes, para manter o respeito ao diálogo, e, à sua voz.
Se um cidadão europeu fica retido, seis horas, com visto de embaixada, as autoridades do seu país não podem, nem devem ficar paradas, sem que nada tivesse acontecido. Ora, isto acontece.
A resposta, é o melhor meio de defesa. A Europa tem de responder rapidamente aos seus audazes interlocutores, seja Kadhafi ou Israel.
(Torna-se evidente que Kadhafi, não tem um conjunto de embaixadores, que em diferentes línguas apregoam a mesma mensagem, e, aqui a Europa tem alguma coisa a aprender!...)
A Europa não pode, nem deve, quedar-se impávida e serena.
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quinta-feira, 3 de junho de 2010
EURO POLITIQUE. 38 - Para além da "Federação Orçamental"
Morrer de amores pelo “Tratado de Lisboa”, pouco encantou certos portugueses, para não dizer, a maioria.
Certamente que, em vez das alucinantes viagens de avião dos seus construtores, melhor seria fazer um verdadeiro “Tratado do Euro”.
É evidente que tanto seduz os europeus, como os americanos, os dias de férias a 50 dólares, para o comum de certos trabalhadores.
Todavia, a “era da globalização” ergue-se como um tempo de partilha e doação.
E, a Europa do económico e do egoísmo, sem ideais e ambições, tem de olhar mais para o mundo.
Comprar uma tonelada de cacau, por um euro, e vender uma barra de chocolate por dois, não condiz com certos ideais de cooperação.
A Europa tem ao seu lado uma verdadeira parceria de países emergentes que necessitam da sua colaboração.
Morrem mais africanos no Mediterrâneo, por ano, do que americanos no “World Trade Center”. E, um dia, talvez os americanos se queixem e cansem da incapacidade de os europeus não resolverem os seus problemas.
A Europa económica e egoísta tem de desenvolver perspectivas mais salutares para um mundo cada vez mais justo e humano.
O sonho (se ele existe?!...) dos europeus não está na América, no tio Sam, ou, no“Shopping we trust” mas deve estar na sua efectiva construção e na demonstração real dos seus valores.
A redução económica exigida aos europeus deve ser colmatada pela cooperação africana, os nossos vizinhos de lado.
Por isso, nesta dicotomia da “Europa dos políticos”, e, da “Europa da sociedade civil”, urge que uma nova constelação de valores se erga como bandeira dos seus ideais, para além da “Federação Orçamental”.
EURO POLITIQUE. 35 - Federação Orçamental 24%
Quando foi aprovado o “Tratado de Lisboa”, rapidamente fui aconselhado a olhar para as “gajas” e a “ver futebol”, não pelas iminência pardas de Belém, mas pelos acérrimos guardiães da República.
Aliás, confesso a minha ignorância para a leitura de tão magno manuscrito, que me daria a volta à cabeça, tanto foram as viagens dos “experts” de avião, através do Ministério Cor de Rosa, que qualquer leigo na matéria revelaria incapacidade intelectual, face à iminência, também “parda” de certos governantes, apesar do seu acesso na Internet.
Seduz-me o aviso do presidente do BCE, Trichet, pela “Federação Orçamental”
Recordo que um Estado falido, após a guerra colonial, presenteia os seus cidadãos, com um bónus, seis vezes mais, que um Estado, com a caixa cheia, na módica quantia de seis vezes menos, claro que isto é uma ínfima amostra ocasional.
Na política da “Federação Orçamental”, é demasiado fácil perceber que os portugueses estão condenados a sofrer um rude golpe de 24% no seu modo de vida.
Se um sexto do capital mundial não corresponde à efectiva riqueza produzida, a intromissão de certos algoritmos levam-nos à amarga conclusão dos 24% de redução nos bolsos dos portugueses.
Todavia não esperem que o Estado de sete milhões de dependentes, como entidade autónoma seja o único responsável. Os sete milhões de dependentes sofrerão os 24% nas mais variadas situações, sob a mestria desse mesmo Estado.
Os prognósticos devem estar tão longe da realidade como o “euro-politique”, esteve tão longe da sua crise.
Jogar na antecipação é a melhor forma de nos prevenir.
Aliás, confesso a minha ignorância para a leitura de tão magno manuscrito, que me daria a volta à cabeça, tanto foram as viagens dos “experts” de avião, através do Ministério Cor de Rosa, que qualquer leigo na matéria revelaria incapacidade intelectual, face à iminência, também “parda” de certos governantes, apesar do seu acesso na Internet.
Seduz-me o aviso do presidente do BCE, Trichet, pela “Federação Orçamental”
Recordo que um Estado falido, após a guerra colonial, presenteia os seus cidadãos, com um bónus, seis vezes mais, que um Estado, com a caixa cheia, na módica quantia de seis vezes menos, claro que isto é uma ínfima amostra ocasional.
Na política da “Federação Orçamental”, é demasiado fácil perceber que os portugueses estão condenados a sofrer um rude golpe de 24% no seu modo de vida.
Se um sexto do capital mundial não corresponde à efectiva riqueza produzida, a intromissão de certos algoritmos levam-nos à amarga conclusão dos 24% de redução nos bolsos dos portugueses.
Todavia não esperem que o Estado de sete milhões de dependentes, como entidade autónoma seja o único responsável. Os sete milhões de dependentes sofrerão os 24% nas mais variadas situações, sob a mestria desse mesmo Estado.
Os prognósticos devem estar tão longe da realidade como o “euro-politique”, esteve tão longe da sua crise.
Jogar na antecipação é a melhor forma de nos prevenir.
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