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domingo, 3 de dezembro de 2017

EUROPOLITIQUE: LUANDEX..2 : Angola e a esperança nos seus milionários


A famosa “acumulação primitiva de capital” em Angola permitiu a ascensão de quase 7.000 milionários angolanos, onde 320 são multimilionários.
Se, a “terra é do Estado”, a noção de propriedade privada, somente, agora, começa a ganhar sentido. (O primeiro e grande obstáculo da economia angolana, na nossa opinião).
Aliás, a passagem de um “estado socialista” para o “capitalismo de Estado” navega à vista, e, deu origem a uma economia, onde quase tudo depende do Estado. “Haja dinheiro, que eu me encarrego de distribuí-lo” – dizia Felipe González, mas é aquilo que parece não haver em Angola, por causa do petróleo.
Mas, surgiram muitos milionários!... Estarão dispostos a aplicar os seus capitais numa economia moderna e doméstica? Dará o Estado espaço à emergência de empresas dependentes do papel destes milionários? Ou, gravitarão, estes milionários, à sombra do Estado?  
Fala-se em “despartidarização do Estado, desgovernamentalização da economia, desenvolvimento do sector privado, separação do político do económico, do partido do governo, dos interesses partidários dos interesses económicos”, etc...; mas, existem, coisas mais simples e banais que começam pela predomínio da “economia informal”, pela ausência de “taxa automobilística”, pelos descontos para a Segurança Social, pela “informatização cívica”, pela aplicação do “IVA” , que podem ser diminuição de poder de compra da população, mas são essências para as suas estruturas sociais e despesa do Estado.

Angola carece de uma alteração económica e social, que compete aos angolanos. País rico em recursos, e, talvez, pobre em recursos humanos, detém quadros para uma mudança para um novo paradigma, que lhes compete organizar. 

EUROPOLITIQUE: “O PS tem uma tradição. Quando está no governo começa bem e acaba muito mal”



Esta frase lapidar de Clara Ferreira Alves, publicada no Expresso no 01-12.2017, expressa as angústias que percorrem muitos portugueses.
O PS nem é um partido de estrangeirados, (oxalá fosse, ou, tivesse sido), é um partido de certas classes portuguesas, (menos ricas e menos pobres); nem é um “partido de socialismo na gaveta”, é um movimento de tendências sociais, onde alguns dos seus dirigentes dizem “governar é difícil”.
Aqueles que olham para o País lamentam as grandes empresas perdidas, as oportunidades desperdiçadas, os dinheiros mal gastos e aproveitados pela CEE, o relacionamento externo deficiente, claro que nem tudo é resultado dos governos socialistas. O grande ataque aos governos socialistas surgiu com o PRD (partido meteoro contra...),, o desânimo de Guterres com o “pântano”, o “novelo e a nebulosa" de Sócrates.
Presentemente, navegamos com “terra à vista”, sem grandes esperanças de futuro, porque as condições sociais são de mera gestão. Gerir o quotidiano, significa olhar para Sines e admirar o mar, conduzir nas auto-estradas porque estão feitas, ou, esperar que os estrangeiros olhem para nós. A banca, ou, sistema financeiro, está repleta de “bons gestores” que nos sacam o dinheiro, as autarquias regozijam-se com os depósitos do I.M.I., tratando os contribuintes como analfabetos (50% do País mergulhado no obscurantismo), as instituições revelando o seu poder na defesa dos seus interesses.
A incerteza do futuro que varria a mente dos portugueses atenuou-se com alguma esperança, mas a confiança é desalento na mente dos portugueses: “a ver vamos...” – cochicha-se.


A título exemplar: Angola começou com Jaime Gama,(Angola devia 90 milhões de contos) vai continuar com Manuel Vicente? O melhor, salvo caso de territorialidade, é remetê-lo, (facto ou caso jurídico/ personagem) para as instâncias europeias.  

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...