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quarta-feira, 17 de agosto de 2016

EUROPOLITIQUE: Valdemar Bastos, "persona non grata" em Angola?

Engalfinhado com diatribes sociais, e, angustiado pela falta de soluções à vista, em grito de desespero se ergueu numa voz considerando-se “persona non grata”, a cujo lamento se prontificaram camuflados apoios diplomáticos, a título pessoal.
A pessoa de Valdemar Bastos brilha e cintila como um diamante na sua voz. Este dom que encanta  e enfeitiça multidões, que à música deve o seu estro, não pode confundir o seu brilho com a arte da política, ou, de qualquer regime político.
O autentico artista supera qualquer tipo de “arte nobre da governação”, ou seja, de qualquer tipo de política.
Mas parece que a ilusão dos “fantasmas políticos” obscurece esta “arte divina” que atravessa mundialmente o coração das pessoas.
Quem não gosta de música?
F. Nietzsche queria ser músico, foi filósofo. A filosofia política e qualquer política não consegue destronar a música, ou esta “arte divina”. Este dom, aos deuses roubado,  reaparece na voz de Valdemar Bastos.
A esconjuração de fantasmas, quer internos, quer externos, reverte-se na clarificação de patologias de censuras que ensombram, quer,  psiquicamente o artista, quer, qualquer anátema de proscrição, ou, sobrescrito de qualquer tipo de sociedade política.
Deixem cantar os artistas.
Deixem falar os poetas.
Não considerem “persona non grata”, aqueles que difundem a beatitude, a potência que arrasta a espiritualidade, a força da palavra que canta, encanta, ou, descanta.
Este típico feitiço que pertence ao feiticeiro, que os africanos adoram e temem como realidade e ilusão,  faz parte da sua tradição.
E, quando o medo invade o personagem que os arautos se ergam e digam:
“Alea jacta est” – O caminho está aberto.

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