Engalfinhado com diatribes
sociais, e, angustiado pela falta de soluções à vista, em grito de desespero se
ergueu numa voz considerando-se “persona non grata”, a cujo lamento se
prontificaram camuflados apoios diplomáticos, a título pessoal.
A pessoa de Valdemar Bastos
brilha e cintila como um diamante na sua voz. Este dom que encanta e enfeitiça multidões, que à música deve o
seu estro, não pode confundir o seu brilho com a arte da política, ou, de
qualquer regime político.
O autentico artista supera
qualquer tipo de “arte nobre da governação”, ou seja, de qualquer tipo de política.
Mas parece que a ilusão dos
“fantasmas políticos” obscurece esta “arte divina” que atravessa mundialmente o
coração das pessoas.
Quem não gosta de música?
F. Nietzsche queria ser músico,
foi filósofo. A filosofia política e qualquer política não consegue destronar a
música, ou esta “arte divina”. Este dom, aos deuses roubado, reaparece na voz de Valdemar Bastos.
A esconjuração de fantasmas, quer
internos, quer externos, reverte-se na clarificação de patologias de censuras
que ensombram, quer, psiquicamente o
artista, quer, qualquer anátema de proscrição, ou, sobrescrito de qualquer tipo
de sociedade política.
Deixem cantar os artistas.
Deixem falar os poetas.
Não considerem “persona non
grata”, aqueles que difundem a beatitude, a potência que arrasta a
espiritualidade, a força da palavra que canta, encanta, ou, descanta.
Este típico feitiço que pertence ao feiticeiro, que os
africanos adoram e temem como realidade e ilusão, faz parte da sua tradição.
E, quando o medo invade o
personagem que os arautos se ergam e digam:
“Alea jacta est” – O caminho está aberto.