O talhante francês para aprimorar os seus conhecimentos recorreu aos préstimos alemães, nestas coisas do “beefsteack”. O orgulho francês esbarra com certas evidências, que já são notórias desde a Segunda Guerra Mundial, a começar pela indústria do carvão e do aço. Politicamente superior, mas sempre inferior na indústria, no trabalho e na economia!...
Embora, a França procure demonstrar a sua supremacia em
relação à Alemanha, que no caso nuclear é verdadeiro, o desejo de paridade
económica atravessa, neste momento, um desnível da ordem dos 10% comparativos.
Com gastos públicos, na ordem dos 57% do seu P.I.B., (que torna
este estado "generoso" em questões sociais, embora longe de tempos passados mais "providenciais"), a Alemanha gasta somente 44% do seu P.I.B.
Se, o chamando “capitalismo inclusivo” beneficia de leis laborais
mais flexíveis na Inglaterra e Estados Unidos, a França mantém as suas
prerrogativas de impostos sobre as empresas.
Os impostos em França são vastos, desde a "taxa fundiária", "taxa de habitação", até aos impostos sobre o salário e segurança social nas suas
vertentes, todavia não atinge a mesma eficácia que as ajudas aos mais
desfavorecidos na Inglaterra.
Alguns criticam este modelo francês que engloba um projecto
de decadência constante, quando se apela para uma maior eficácia dentro do
sistema europeu.
Se Espanha demonstra uma maior agilidade no seu crescimento
económico [2% de superavit na balança de pagamentos, 600.000 empregos criados e 3,5% de crescimento económico], e, (por arrastamento Portugal consiga esta boleia), a França caminha
para uma certa estabilidade de crescimento que parece não favorecer certos
desígnios europeus.
Plantada em pleno coração da Europa, será que a França carece de adoptar
as reformas estruturais neste “capitalismo inclusivo”?