Apesar de que me sejam dadas garantias que no meu país no
ano de 2020 possa recuperar o que perdi em 2013, ou melhor dito, talvez lá para
2023, já que em 2013 não recuperei o que perdi em 2003, as minhas preocupações
não advêm da óbvia legitimidade nacional, mas europeia.
Isto para dizer, que no centro da Europa geográfica se
situa um país nevrálgico que é a França. E, quando este país não funciona, no
centro da Europa, tudo se descentraliza, originando o "caos europeu", em que
estamos inseridos. Possivelmente, a reivindicação é particular, mas ela tem a
ver com o geral, o particular tem a ver com o universal.
Se 80% da legislação nacional
advém da dita Europa é lá que a minha reivindicação se legitima e obviamente
tem lugar. Além disso, por vínculos de “personalidade jurídica” estou inserido
na teia jurídica desta Europa multifacetada e nacionalista. Para além das
auto-estradas, a minha lamentação ergue-se contra a falta de um conjunto de
“experts” jurídicos e informáticos portugueses ( por que não, economistas) de que o meu país carece nesta
Europa.
Não é por acaso que estamos neste
buraco em que a Europa nos enfiou, apesar de algumas e válidas benesses. Certamente que temos contas no cartório (próprias e alheias).
Como também temos credenciais de reivindicação perante tal cartório.
Simplificando a “cartilha europeia” remeteu-nos para um “espartilho” sufocante,
cujas vozes imploram a ajuda, sistematicamente , europeia.
Todavia, apesar de não ser um
céptico em relação à Europa, é no campo dos direitos que se instaura o meu
clamor.
Alguém diz: “não há democracia de
barriga vazia.” Não é de “barriga vazia” que se reclamam direitos e deveres,
nem de falta de informação, mas de consciência política, alicerçada nos valores
humanos.
Se, Portugal é obrigado a cumprir 80% da legislação europeia de “barriga
vazia” é melhor fazer como certas “instituições francesas e públicas” que não
cumprem as regras comunitárias.Faltam-nos "experts" políticos e informáticos na CE.
Jornal Público (08.05.2014)
«Apesar dos esforços das campanha para mobilizarem o eleitorado e explicarem a relevância desta votação, que deverá servir para escolher a liderança europeia dos próximos cinco anos, o inquérito a quase nove mil pessoas em 12 países mostrou que 62% dos inquiridos “não estão interessados” ou “estou pouco interessados”. Só 35% dos que responderam deram a certeza de ir votar, uma quebra em relação a 2009, quando votaram 43% dos eleitores.
Os maiores entusiastas são os belgas (53%), seguidos dos franceses (44%) e dos holandeses (41%).
Os menos interessados nas europeias são os britânicos (27%) e os polacos (20%).»
Jornal figaro 08.05.2014
La confiance à l'égard de l'Europe continue de se détériorer. À moins de deux semaines des élections européennes, seuls 51% des Français soutiennent l'appartenance de la France à l'UE...