Enviámos um estudante de psicologia, actualmente,
professor universitário, ao debate do recente eleito secretário geral do
Partido Socialista, Mário Soares e (mon ami) Mitterrand.
Ao estilo de Marcelo Rebelo de Sousa, a
classificação do debate quedou-se num treze para Mário Soares. E, o François?
Nota 20.
A distância de desenvolvimento económico, social e
científico entre Portugal e a França foi ultrapassado em alguns campos. De uma
imagem cinzenta portuguesa, hoje nascem sinais coloridos de mudança.
Todavia o peso das instituições francesas é da ordem
dos 87% em relação às instituições portuguesas. Esta estima matemática tem uma
base sociológica, que é susceptível de demonstração.
Por isso, quer nas relações diplomáticas, quer nas
instituições sociais, esta margem de manobra de 13% origina desequilíbrios de
afirmação extremamente graves.
Deste modo, as instituições sociais francesas utilizam
alegremente as regras ou regulamentos comunitários, satisfazendo, única e
simplesmente, os seus interesses nacionais.
Mas a este atroz desequilíbrio,
que diz respeito às instituições, revela-se ainda mais profundo e sintomático,
quando alguém a nível individual ousa enfrentar as suas incoerências e contradicções, apesar da
advertência de outras congéneres estrangeiras. Quer dizer, se no plano
institucional o peso é reduzido, no plano individual é praticamente nulo.
Esta base sociológica de 13% de desnível, permite a
expansão da “expertise française”, bem longe do debate entre Mário Soares e
François Miterrand.