Exportação brasileira de granito para a Galiza. (Clique na imagem) |
O porto do Douro, anunciado como a "coroa" de exportação do granito das zonas fronteiriças e transmontanas, aguarda pela sua plenitude de realização, quanto o Porto de Sines desespera pela exportação dos mármores alentejanos de Vila Viçosa e arredores. Aliás, o tão propalado porto de Sines, representa, unica e exclusivamente 20% do seu potencial dedicado às exportações portuguesas, erigindo-se como "pura ilusão" de muito comentadores políticos e "candidatos a «presidentes da república»".
Carece de um autêntico "player" marítimo, que potencie as suas virtualidades de porto de "águas profundas".
Embora, Portugal exporte 16,5% do seu granito para Espanha, a Galiza reacende o seu comércio desta rocha ornamental com importações massivas do Brasil.
Em 2003, Portugal ocupava o 9.ºlugar no ranking dos países produtores desta pedra natutal, conjuntamente, com o mármore. O valor total deste negócio ascendia aos 628,2 milhões de euros.
A emblemática calçada portuguesa encontra-se ameaçada com o aparecimento de novos produtores, como a Índia e a grande China, com preços bem mais atractivos.
Mas, a Galiza, com os seus montes escalpelizados que se avistam de Portugal, já não se contenta com a sua produção interna, como também conquista, navega e transporta a pedra do Brasil para a sua zona, com 17 mil toneladas de pedra brasileira, importadas.
O músculo financeiro e empresarial galego constrata com a reduzida dimensão das empresas portuguesas, e, com a sua falta de visão estratégia.
Os avanços tecnológicos de tranformação permite que a "pedra bruta" seja trabalhada e lapidada na Galiza, afirmando-se como uma importante fonte de industrialização.
Além disso, aliam-se formas de promoção de novos produtos, que certamente inundarão Portugal, tão apreciador da "pedra brasileira".
A Galiza estende-se para além da sua concentração geográfica, já que desde a sua zona marítima desenvolve seus caminhos até às regiões de Orense, sede desta indústria transformadora, bastante recente neste território.
O paradigma galego deve suscitar a atenção dos empresários portugueses, para que a transmissão de conhecimentos não esmoreça, e, a incorporação de "design" renasça em novos canais de distribuição e comércio.