A injecção de “dinheiro fresco”
pelo Banco Europeu, para reanimar a economia europeia, parece que não está a dar
frutos. Os bancos têm um excesso da ordem do milhão do milhão de euros, a nível europeu,
sobre o qual têm de pagar juros.
Esta injecção de dinheiro supera
em ¼ o P.I.B. de “Île de France”; quer dizer que esta “região francesa” podia
“parar e dormir” durante quinze meses.
Ora, digamos que para os “parigos e seus
vizinhos” seria um excelente, “dolce fare niente”!...
Quem escreve isto pouco percebe
de economia, sistemas financeiros, dívida externa e interna, quejando.
A realidade portuguesa, com os
seus 4 mil milhões de euros, em caixa nos bancos, arrasta-se com a falta de
inovação, competitividade, credibilidade das empresas. Por acaso, até surge um
caso paradigmático, na Câmara de Nazaré, (que o art. 62.2 da Constituição
Portuguesa não soluciona ou prevê!...) que contradiz os itens anteriores.
Falta de empreendorismo , inovação, criatividade,
(risco e valor, que os bancos não abençoam muito), entravam o desenvolvimento
da economia. A fraca dimensão das empresas, alicerçada às pequenas e médias
empresas, que esperam que o consumo aumente e progrida, emagrecem na falta do
funcionamento do dinheiro, ou, no consumo.
O medo e o receio dos pequenos e
médios contribuintes contrasta com as medidas draconianas de "tabelas económicas"
que lhe retiram a confiança no investimento. Além disso, a grande maioria das
poupanças dos portugueses é enterrada, naquilo que os franceses chamam a “pedra”,
ou seja, a habitação. Quase não existem mecanismos de aforro, de investimento em
acções ou bancos, porque se arrisca a sua falência.
O “valor confiança” é essencial no funcionamento do dinheiro. Por isso,
as “doses de desconfiança” que certos analistas propagam não ajudam em nada a
economia. É preciso “crescer” e “saber crescer”. É preciso juventude, onde
falta a juventude. Esta Europa de “velhos feitos” carece de “sangue novo” que a
revitalize.