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domingo, 14 de dezembro de 2014

EUROPOLITIQUE: O Potencial do Gás Moçambicano


Vilanculos, estância turística moçambicana, fica perto de Inhassoro, onde recentemente foram extraídos 236 mil barris de petróleo. O famoso gaz de Pande remota ao tempo de Salazar, célebre pelas suas queimadas naturais. Todavia, apesar desta dádiva natural, exposta ao tempo e às contingências do seu desleixo, nunca, potencialmente, poderia ombrear com as descobertas da bacia do Rovuma, onde se presume que existam 200 mil milhões de pés cúbicos de gás natural. Na breve passagem por Vilanculos eram visíveis os tubos do gasoduto em construção, que liga esta região de Inhambane, cujo centro de processamento, em Temane, fornece a África do Sul; e, por inerência logística, também abastece a cidade de Maputo. Portanto, desde 2013, que o grupo sul-africano “Sasol Petroleum International” explora os dois jazigos de Pande e Temane, apesar da dependência logística da cidade de Maputo desta ligação. Este, ainda, primeiro gasoduto desemboca em Komatiport, célebre fronteira e estação ferroviária/electrificada, sul-africana.
Todavia este empreendimento, certamente, será ultrapassado por um novo gasoduto, no valor de 6.000 milhões de dólares, que o grupo “SacOil Holdings” quer implementar entre a província de Cabo Delgado e os países vizinhos de Moçambique, entre eles Zimbabwe, Zâmbia, Malawei e Botsuana, e, naturalmente, a África do Sul.
O país, mais ocidental do Sudoeste Africano procura abastecer-se de energia, quer a nível eléctrico, quer a nível de gás, através do seu vizinho Moçambique, rico em recursos naturais, que podem fazer funcionar a indústria mais desenvolvida de África, que detém 10% da economia da totalidade da riqueza africana.
Se as modernas construções habitacionais  avançam na cidade de Maputo, sem dúvida, que as potencialidades do gás moçambicano são um factor decisivo para o desenvolvimento da sua própria economia, como também, para o círculo de vizinhos que rodeiam este país.

EUROPOLITIQUE: "A Imperial Sonangol" na senda do crédito chinês


Conforme noticia a agência de rating MOODY’S: “o segundo maior produtor de petróleo subsariano enquadra-se nesta categoria, recebendo do petróleo 76% das suas receitas fiscais em 2013 e representando mais de 99% das exportações no ano passado”, sem se referir concretamente a Angola, o seu enunciado é mais que explícito. Ainda que as vicissitudes da volatilidade do preço  petróleo, por causa da produção do “shaile oil”, atinjam o Orçamento Angolano, a sua “ imperial empresa” – Sonangol – com as suas 17 empresas associadas – acaba de celebrar um financiamento na ordem dos 2.000.000.000 de dólares com o Banco de Desenvolvimento da China, parceria que já vem desde 2008.
A maior instituição financeira da China, que coopera com o exterior, augura que esta parceria é para manter; e, portanto, a concessão de crédito está garantida, já que a construção da refinaria do Lobito começará em 2015, apesar da sua atrasada calendarização.
Se, ao nível da produção de petróleo e dos seus investimentos associados surgem garantias da sua evolução e continuidade, apesar das oscilações do preço do petróleo, outros sectores da economia angolana carecem de um rápido desenvolvimento, seja, por exemplo, a agricultura.
A passagem de uma agricultura de “economia fechada” e de subsistência para uma “agricultura empresarial” em que se alie a produção e a distribuição; e, possivelmente a inovação; implica que a produtividade agrícola tem de conciliar a distribuição dos seus produtos através das superfícies comerciais. Claro que o poder de compra está relacionado com esta modernização agrícola, e, com as necessidades alimentares das gentes citadinas, neste caso específico – a capital de Angola – Luanda.
Nesta campo, três desafios se colocam à agricultura angolana:
1)  O desenvolvimento de técnicas agrícolas elementares e rudimentares, aliadas ao “combate à pobreza” – slogan governamental - através da criação  e implementação; não só, de estruturas e modelos susceptíveis de uma economia sadia de subsistência; como também, do incentivo à “pequena agricultura” em reduzidas explorações, susceptíveis de crescimento. A constituição de “pequenos e médios agricultores” que se  tornem numa alavanca para o desenvolvimento económico e social das populações.
2)  Uma agricultura com um grau de produtividade de tipo comercial que implica o desenvolvimento da chamada “agro indústria”, como forma de abastecimento das superfícies comerciais, em que a produção se alia à distribuição.
3)  O desenvolvimento qualitativo de uma agricultura exportadora, apoiada na qualidade e inovação dos produtos agrícolas angolanos que caracterizaram este país ao nível do algodão, do café, da soja, do milho e muitos outros bens alimentares.    

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...