A imagem interna de que “Portugal não é Grécia” tem dificuldades em passar a nível externo, e o poder da “imagem é tudo”, excepto quando a realidade a desmente.
As expectativas dos europeus no Parlamento Europeu são demasiado fracas, apesar da orientação de certos fundos para o relançamento económico; e, a imagem deixada pelo actual Presidente Martin Schulz, apesar de todas as interpretações e elogios de alguns parlamentares lusos, revela-se de contornos bastante obscuros!...
Desde que Durão Barroso tentou impregnar a ambição da “política externa” com certo tipo de diplomatas, aliada à inocente “expulsão dos ciganos romenos” de França, ao seu exíguo terreno de afirmação governamental que lhe foi retirado o tapete de efectivo Presidente da Comissão Europeia.
Esta sensação de certa impotência da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu, instituições supremas desta Europa, corrói a maioria dos cidadãos europeus na sua confiança política, concedendo um espaço de manobra para o “rigor alemão”.
Uma moeda forte em 17 países tornou-se num desafio difícil de gerir. Se alternativas houvesse a esta política económica, elas foram combatidas pela dinâmica e força da segunda moeda mundial que tem imensas dificuldades em provar o seu real valor.
A identificação do “euro” com o “antigo marco” num edifício que estremece por todos os cantos exige uma perícia de funâmbulo.
A corda tensa deste trapézio procura manter-se firme sob a batuta da Alemanha.
A “política externa” e as exportações talvez sejam dois indicadores que nos afastam da Grécia. Todavia a amarga realidade sentida pelos portugueses desafia qualquer tipo de estoicismo. Existem certos indicadores que a sua diferença é de 5 para 1, longe da saída do euro, o que condiz com a advertência externa de uma possível saída da “moeda única”.
Certo “senso comum” alemão afirma que Sra Merckel “está a fazer tudo para manter o euro”, apesar das previsões pessimistas de Giscard D’Estaing .
Esta ambição alemã até que ponto resistirá aos contínuos sobressaltos dos seus países satélites.
Até que ponto este sistema planetário susterá estes pequenos satélites com água e vida, antes que se tornem em duros e rochosos “meteoritos”!...