Quatro eminentes intelectuais, especialistas na política portuguesa, foram entrevistados por Fátima Cerqueira, num programa de televisão, emitido pela RTP 1.
Queda-se a sensação do senso comum que os problemas enunciados são analisados por uma panorâmica geral, que qualquer cidadão atento, exclama: “déjà vu”
Aliás, estes debates perfilam-se em tiradas genéricas, que pouco elucidam sobre a profundidade dos problemas expostos.
No entanto, ressalva-se a inquietação interior do Dr. Mário Soares, acerca dos seus amigos africanos, e, acerca da descolonizarão, de que o país mergulharia na mais estranha pobreza, e, logicamente, se incorporaria na saudosa Espanha, como digna província da antiga Lusitânia.
Assaz dizer, que existe uma forma de fazer política que assenta numa mera adição aritmética de dez mais dez, chegando aos cem; e, outro modo de operacionalidade, que consiste numa forma geométrica que ascende do zero aos cem, digna dos bons condutores do movimento em aceleração.
"Quem deteve alguma experiência de poder exibe naturalmente este movimento de poder, implícito à acção política, que não pode quedar-se na simples reflexão de obra já construída".
O movimento em aceleração, ou, em rotatividade, implica quer uma queda, quer uma ascensão, e acarreta outros tipos de progressão. Por vezes, estes movimentos não são visíveis na esfera chamada “pública”; embora, seja um contra senso, para a mais "nobre actividade humana".
A política do “flash” deixa atónito qualquer interveniente pelo poder que a imagem acarreta junto dos seus consumidores.
Os meios de comunicação e a televisão exigem uma mobilidade de acção que se torna “autofágica” dos seus interventores.
O processo de globalização imiscui-se, secretamente, nas correias de transmissão de um poder que se esvazia e rodopia em processos de assimilação, ruptura, esvaziamento, e, endeusamento, ou, queda livre.
Por isso, ressurge uma política instintiva, refeita de adaptação, voraz do seu próprio movimento, que somente uma série de instantes permitir desvelar uma certa continuidade, inerente à rotatividade do seu percurso, e, andamento.
Deste modo, não é só conhecer o caminho, mas também construir o próprio caminho, ou melhor, o caminho vai-se fazendo, caminhando.
Este processo de antecipação no movimento acelerado do nosso tempo necessita de autênticos argonautas que saibam conduzir os vários barcos da armada europeia. No seu interlúdio queda-se a esperança de renovação.
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quarta-feira, 23 de junho de 2010
Algoritmo de Kadafi.22 - Tripoli - A Sereia
A Sereia
Desde 1977, baptizada como “Jamahiriyya”, a Líbia; um nome, atribuído por Muammar Qadhafi, cuja tradução reverte numa “república do povo”; mas, cuja movimentação intrínseca implica um condutor, um comandante, um chefe, ou seja, um autêntico líder (Al-qa’id), e, logicamente, hei-lo que surge: Kadafi.
“Jamahiriyya”, portanto, a Líbia foi colonizada pelos fenícios e gregos.
A sua capital – Tripoli – três cidades, advém de OEA na linguagem romana, que, por sua vez, tem origem na língua púnica de Uiát.
Os fenícios criaram três colónias: Sabratha, Oea e Leptis Magna, e, desta trilogia nasceu o cognome de Tripoli, como sinónimo de três cidades.
A Tripolitania, como região do Norte de África, durante o império romano, estava dependente de Cartago (actual Tunísia).
Roma e Cartago constituíram uma verdadeira aliança do apogeu do comércio romano, como afirmação do "mare est nostrum".
Desde o séc. II (a.C), até ao séc. V, portanto durante 700 anos, esta região da Tripolitania, manteve o nome de Tripoli, como capital da recente baptizada “Jamahiriyya”.
Todavia, a capital da Líbia – Tripoli – não se reduz ao simples conceito de uma cidade qualquer. Ela é a cidade da “medina”, ou seja, é a “urbe iluminada e refulgente”, que se afasta da escuridão de qualquer outro povoado. Requer o estatuto de cidade satélite de Meca, Medina,Tripoli. A cidade como medina é sinal de comércio, protecção e segurança, endeusada no seu aspecto sagrado.
Actualmente a divisão de Tripoli entre “a velha cidade” (a medina, espelho do sagrado, com a sua mesquita), e, a “moderna urbe, refulgente de luzes”, espelho do comércio e mundana, constituem um bastião, e, uma fortaleza do islamismo.
Por isso, Tripoli continua a ser a encantadora "sereia" do Norte de África.
Desde 1977, baptizada como “Jamahiriyya”, a Líbia; um nome, atribuído por Muammar Qadhafi, cuja tradução reverte numa “república do povo”; mas, cuja movimentação intrínseca implica um condutor, um comandante, um chefe, ou seja, um autêntico líder (Al-qa’id), e, logicamente, hei-lo que surge: Kadafi.
“Jamahiriyya”, portanto, a Líbia foi colonizada pelos fenícios e gregos.
A sua capital – Tripoli – três cidades, advém de OEA na linguagem romana, que, por sua vez, tem origem na língua púnica de Uiát.
Os fenícios criaram três colónias: Sabratha, Oea e Leptis Magna, e, desta trilogia nasceu o cognome de Tripoli, como sinónimo de três cidades.
A Tripolitania, como região do Norte de África, durante o império romano, estava dependente de Cartago (actual Tunísia).
Roma e Cartago constituíram uma verdadeira aliança do apogeu do comércio romano, como afirmação do "mare est nostrum".
Desde o séc. II (a.C), até ao séc. V, portanto durante 700 anos, esta região da Tripolitania, manteve o nome de Tripoli, como capital da recente baptizada “Jamahiriyya”.
Todavia, a capital da Líbia – Tripoli – não se reduz ao simples conceito de uma cidade qualquer. Ela é a cidade da “medina”, ou seja, é a “urbe iluminada e refulgente”, que se afasta da escuridão de qualquer outro povoado. Requer o estatuto de cidade satélite de Meca, Medina,Tripoli. A cidade como medina é sinal de comércio, protecção e segurança, endeusada no seu aspecto sagrado.
Actualmente a divisão de Tripoli entre “a velha cidade” (a medina, espelho do sagrado, com a sua mesquita), e, a “moderna urbe, refulgente de luzes”, espelho do comércio e mundana, constituem um bastião, e, uma fortaleza do islamismo.
Por isso, Tripoli continua a ser a encantadora "sereia" do Norte de África.
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