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quarta-feira, 2 de julho de 2014

EUROPOLITIQUE: «La petite économie portuguaise, selon les Français »



A perspectiva dos franceses, olhando para Portugal é de que é um “pays pauvre”. Esta perspectiva perpassa na mentalidade de luso-descendentes e na mentalidade dos políticos franceses, na sua generalidade.
Embora, o conceito de pobreza seja muito relativo, “absolutamente” Portugal é um país com fracos recursos materiais e espirituais, neste universo financeiro e tecnológico, que rodopia na esfera da globalização.
Todavia, esta condição de “país pobre”, condicionada a todos os estratos da sociedade portuguesa, releva de uma arrogância atroz; sobretudo, quando se trata de “instituições” em pé de igualdade frente à comunidade europeia, em que infelizmente não se consegue um certo equilíbrio de peso e influência. Nesta situação, o prejuízo acentua-se, não só, para as próprias instituições, mas também, para os próprios indivíduos, a quem são sonegados direitos porque não são franceses. A condição de “país pobre”, embora mantendo a sua identidade, também não se pode render à supremacia diplomática, que a arrogância francesa pretende exibir. A identidade portuguesa, reafirmada pela língua, não pode, nem deve  deixar que os espaços da sua influência sejam comandados pela arrogância mental e supremacia tecnológica francesa.
Historicamente, a existência de Portugal, como nação, foi acaso de um milagre, sustido por forças inconformadas. Este inconformismo, ditou que uma parcela de terreno exibisse uma identidade própria, como símbolo de resistência. Uma identidade grande e generosa no seu processo de constituição, mais parecida com um leão de "pés de barro". Com uma força espiritual, insuflada por qualquer espírito que a condicionou na sua existência; porventura, por uma fé cristã, crente no seu Deus, que a tornou serva do seu destino.
Se o inconformismo se ergue como bandeira, somente se pode exibir uma teoria da resistência. A teoria da resistência é a arma dos oprimidos contra os opressores. Esta consciencialização de oprimido deve ser assumida por todos os actores políticos e sociais de forma a encontrar os processos de libertação.
Em quarenta anos não encontrámos o caminho e os processos de libertação. Além de muitos erros, o essencial é a identificação com o opressor.


EUROPOLITIQUE: O SISTEMA BANCÁRIO EM ANGOLA





Apesar do crédito em Angola passar de 600 milhões de dólares, em 2007, para 1.430 milhões de dólares, em 2013, a economia angolana revela-se numa fase de iniciação no seu sistema bancário, apesar da proliferação da sua rede bancária. Para um país, com as potencialidades económicas de Angola, quer dizer, que ainda não atingiu a “fase de formação ou constituição”  ao nível do crédito bancário. Até que ponto, os depósitos bancários em Angola atingem uma “massa monetária” estável e credível, são questões pouco clarividentes. A estabilidade monetária, a inflação e desvalorização da moeda, os juros, os depósitos, o funcionamento da economia, ainda não atingiram os patamares de uma autêntica economia em desenvolvimento. Por outro lado, o funcionamento de bancarização dos salários, a garantia de depósitos, o funcionamento e uso do sistema  bancário, está aquém das expectativas desejadas. Acresce-se que Angola está no oitavo posto do sistema bancário, a nível da rede e expansão bancária, dos países do Sudoeste Africano, onde pontifica a África do Sul, em primeiro lugar. Todavia, esta expansão, sobretudo no litoral angolano, revela que o tecido económico e empresarial é demasiado frágil, pois a constituição de empresas é bastante incipiente. Ainda que o sistema bancário se revele demasiado forte no sector petrolífero, a nível das receitas e firmeza de contratos, onde pontifica soberanamente a Sonangol, cuja hegemonia cria uma dependência do sistema bancário, nos sectores intermédios e empresariais, tanto individual como privado, existe lacunas que urge ultrapassar. A constituição de um tecido empresarial, com mais autonomia e independência, com recursos financeiros severamente estipulados e avalizados, implica que os seus gestores se afirmem no seu comando e na sua relação com os bancos.
Flutuar economicamente como um barco, ao nível do sistema bancário, significa que as âncoras ainda não encontraram os alicerces e a fundamentação da sua credibilidade.  As estacas do tecido empresarial carecem de afirmação e autonomia, já que Angola detém recursos necessários e suficientes para não ser um simples barco que navega nas águas do crude angolano.  

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...