Enquanto as divagações acerca
do “déficit português” continuam à deriva, na esperança que não atinja os 3% do
seu P.I.B., as mais recentes projecções espanholas apontam para um déficit
equivalente a 2,53% do seu PI.B., até ao mês de Agosto de 2016.
Se , porventura, a Espanha
atingir um déficit inferior aos 3% do seu P.I.B., como indicam as mais
previsíveis indicações, quer dizer que, por inerência, talvez, o déficit
português alcance esta meta tão desejável.
Enquanto que o I.M.I. português
soma e segue, em vertiginoso apuramento de receitas; em Espanha, regista-se um
retrocesso nas contribuições patrimoniais, com receitas que atingem os 1.494,
32 milhões de euros, acrescidos de mais outros 770,32 milhões de euros (se não errámos).
Enquanto que as contas da
Segurança Social, em Espanha, caminham para um déficit de 5,352,8 milhões de
euros, em Agosto de 2016, praticamente o dobro do período do ano anterior, a
Segurança Social e a Caixa Geral de Aposentações portuguesa arriscam-se a
atingir igual déficit das contas espanholas, o que se torna extremamente agravante.
Para lá da dimensão da Segurança Social espanhola convém salientar que a
Espanha gasta com “pensões não contributivas”, nada menos, de 6.194,13 milhões
de euros, acrescidas de subsídios no valor de 1.176,01 milhões de euros.
A França traçou um objectivo de reduzir o seu déficit público em 50 mil
milhões de euros ,até ao ano de 2017; cuja “dívida pública”, até Junho de 2015,
atinge os 4 mil milhões de euros, equivalente na sua totalidade a 97,6% do seu P.I.B. A dívida pública francesa atinge mais de 30.000 euros, por habitante.Comparativamente com a França (com um orçamentode 373 mil milhões de euros para 2016), um pequeno país, como Portugal, tem um défici público de 3,3 mil milhões de euros de Janeiro a Agosto de 2015, segundo o B.P.
Portugal ocupa o terceiro lugar das dívidas europeias mais pesadas, com 130,20% do seu P.I.B. (Grécia 177,10% e Itália 132,10%).
A dívida pública portuguesa ronda os 229,1 mil milhões em Agosto de 2015.