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sábado, 29 de janeiro de 2011

EURO-POLITIQUE. 71 - Política externa?


A ideia peregrina de que “as estruturas diplomáticas foram ultrapassadas pela história”, referenciada pelo primeiro-ministro francês, em socorro de uma certa diplomacia francesa, vem demonstrar que a dita “política externa europeia” navega na consequente crise económica.


Se a França é o primeiro parceiro económico, cultural e social da Tunísia, logicamente que a supremacia francesa advém desta incapacidade europeia de lidar com problemas específicos do mundo árabe.

Somente os USA manifestam uma coerência de propósitos e objectivos, sobre os quais deve caminhar a intencionalidade europeia, se, por acaso, ela existir, quando não surgirem situações de oportunismo político e económico de qualquer país.

Ao idealismo europeu , e, à sua falta de idealismo recorre-se ao manifesto desejo de auxílio económico, aliás prognóstico que não foi avançado pelos americanos.

A crise económica tem ultrapassado as directrizes políticas de tal forma que a Europa despacha com o redutor económico outras crises sociais e políticas.

Os dados de solidariedade diplomática europeia, no contexto do mundo árabe, continuam diversos, cabendo a cada país zelar pelos seus interesses próprios.

Parece que o chamado “mundo político europeu” olha de soslaio a recentes mudanças sociais e políticas do Norte de África.

Parece que a proximidade de tais realidades, e, a rapidez dos acontecimentos tolheu a organização e a capacidade de percepção e resposta a tais problemas.

Mais uma vez, os USA estão na linha da frente com um tipo de realidades que deveria merecer as atenções dos europeus.

EURO-POLITIQUE. 70 - Intel. 2 - Gadhafi



O bastião do Norte de África continua navegando numa calma e serenidade descomunal que intriga qualquer analista.


Moummar Gadhafi, após ser contactado telefonicamente pelo ex-presidente da Tunísia, lamentou a sua saída, mas rapidamente se dirigiu aos “revolucionários do Jasmim”, propondo-lhes o seu “modelo de sistema político”, como símbolo da revolução verde (“green”), ao mesmo tempo que criava uma zona tampão fronteiriça, como meio de fornecer ajuda e trabalho aos carenciados tunisinos.

Os salários na Líbia não de grande soma, já que quase 33% dos líbios vivem no limiar da pobreza, e restante da população com salários baixos ou médio-baixos, fora deste débil e longo circulo, floresce uma manancial de funcionários nas várias agências financeiras e do petróleo, que devem auferir montantes bem superiores. Além disso a dita “corte” de Kadafi, onde se situa a esfera familiar esbanja lindas somas de dinheiro nas mais saudáveis andanças do “jet-set”.

O dito corte da Internet não surge absoluta e totalmente, já que alguns “feed-backs” foram ressentidos através da nossa pesquisa.

O funcionamento político do regime demonstra uma apatia confrangedora face à hegemonia do sei líder.

As representações diplomáticas silenciam-se com a voz omnipotente do “guru” ,ou, mestre da política da Líbia.

Todavia a “grande voz” do Norte de África remeteu-se a um silêncio face às tempestades que assolam os seus costados esperando pela “timing” certo de eleborar um plano convincente do mundo árabe, se a oportunidade não lhe escapar.

A sociedade portuguesa divide-se em dois níveis em relação a tal personagem:

1) “Gente pouco recomendável” para um relacionamento político e saudável.

2) “Admiração, fascínio e rejeição” por um líder controverso e desafiador

Mas, até que ponto o bastião de África continuará a resistir aos impulsos populares e democráticos, é uma incógnita, que ainda permanece como enigma.

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...