Seguidores

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

EUROPOLITIQUE: Um TGV Duplex para comprar caramelos em Badajoz

Qualquer cidadão consciente sabe muito bem que o número de passageiros entre Madrid e Lisboa é reduzido, ou, melhor dito, escasso. O famoso “Sud-Expresso Lusitano” é uma relíquia. Se não tem experiência disso, o melhor é comprovar. Já lá vão trinta anos, e, lá ia um português e uma japonesa, num compartimento!... Mas o mais “elementar senso comum” não funciona na “real política”. Claro que o “político” anda de avião e gasta 15.000 euros por mês, como gosta de dizer o Correio da Manhã!.... Muita tinta se gastou/escreveu sobre a linha do TVG, que ainda não chegou de Madrid a Hendaye. Aliás, o dinheiro gasto em tantas comissões serviria melhor os pobres. Confesso que adorava comprar caramelos noutra fronteira, quando o escudo valia o dobro da peseta; por isso dispensava e dispenso Bajadoz e o seu TGV Duplex. Claro que o “mais elementar senso comum” não sabe quanto custa um contentor por quilómetro, quanto custa o quilómetro de via férrea, e quantos quilómetros nos afastam realmente da fronteira espanhola. Todavia tem de saber com que dinheiro tem de viver até ao fim de mês. Por isso, será bom que os nossos governantes nos expliquem realmente quanto custa a linha de alta velocidade entre Sines e Badajoz. Desde já, com um financiamento a 60%, o melhor é esperar pelos caramelos de Badajoz com o seu TGV Duplex.

EUROPOLITIQUE: Sines+Madrid+Paris (60%+80%+85%).

Acabo de ler um artigo francês neste projecto europeu de uma linha de mercadorias que visa atingir Madrid em 8 horas, quando um comboio demora 18 horas. Confesso que nos meus velhos tempos em direcção a Paris, em vez da ligação de Lisboa-Madrid-Paris, preferia os “lits-couchettes” de Vigo a Hendaye. E, em breves visitas a Espanha ficava admirado com a renovação das linhas espanholas. Certamente que os espanhóis não dormem em serviço, e em primeiro lugar estão os seus portos. Portanto, Sines pode esperar nas suas ambições. Mas, enquanto que os espanhóis se vangloriam de construir linhas de alta velocidade com o apoio de Bruxelas na ordem dos 80% do seu custo, em solo português somente chegam 60% deste montante. A última recomendação europeia aponta para os 85% de financiamento. Confesso que já li este tipo de financiamento a 60%, se não erro, em território francês. O “imperativo fazer” implica “com fazer”. Nesta época de crise, em que finalmente são os cidadãos que pagam os desvarios, é urgente clarificar "quanto" e "como" paga Bruxelas.1) A ligação Madrid+Sevilha é rentável 2) O "TERMINAL XXI", em Sines, tem um lucro de 3 milhões de euros, por ano 2) Não existe alta velocidade entre Madrid e Handaye 3) Financiamento a 60% é descartável 4) Se não for rentável, não se deve fazer.

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...