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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

EUROPOLITIQUE: A verdura da Madeira e a secura de Porto Santo


Junto ao hotel, onde pernoitávamos, corria um pequeno ribeiro de água para o mar, na ilha da Madeira. Fiquei fascinado pela riqueza natural desta ilha.
A abundância de água contrastava com a secura que irradia a ilha de Porto Santo.
Para lá fomos no “Lobo Marinho” que faz a escala diária entre estas duas ilhas.
O aeroporto de Porto Santo permanecia no meio do deserto desta ilha, como símbolo de emergência de qualquer temporal, com a sua pista que fazia relembrar uma linha no horizonte de uma costa a outra.
Se a escassez de água é uma constante na ilha de Porto Santo, já a secura e falta de terra arável é um obstáculo, que se vence com a “paciência de chinês”.
Em pleno mar de rochedos, os chineses têm edificado autênticas bases militares, que são alimentadas pela grande metrópole.
O “Lobo Marinho”, que saiu das verdes "terras minhotas", tem capacidades subaproveitadas, que diariamente bem podem transporte um contentor de terra arável por cada viagem que faz.
Efectivamente, a verdura da ilha da Madeira contrasta com a secura da ilha de Porto, ainda que o casario de habitações ou pequenos hotéis dêem uma miragem que não estamos num deserto, sobretudo para quem sobe ao seu pico mais alto.
Um "contentor de terra arável" por cada viagem no “Lobo Marinho” não torna verde Porto Santo, mas alivia a sua secura.

EUROPOLITIQUE: O turismo em Portugal a 1/6 do turismo espanhol

O turismo em Portugal tem sido uma alavanca do crescimento de emprego em Portugal, ao contrário da construção civil, que ainda não descolou para níveis razoáveis, ao contrário de Espanha.
Apesar desta evolução, o turismo português queda-se a 1/6 do turismo espanhol.
Contrariamente a Espanha, o crescimento turístico em Portugal foi superior, já que a evolução turística espanhola se situa nos 8,4% relativamente ao ano anterior.
Aquilo que marca o turismo espanhol é a enorme quantidade de turistas cujos números se aproximam dos 80 milhões de visitantes.
O gasto médio destes turistas situa-se nos 1.023 euros, ainda que menos 8,8% de gastos comparativos com anos anteriores, mas que atingem a soma de 73. 124 milhões de euros. Com um bom desempenho na construção civil com uma subida de 37%, e a exorbitante soma turística, a Espanha aumentou de modo significativo as suas quotizações a nível da segurança social.("a posteriori": em 2016, 75,3 milhões de turistas, com o montante de 77 mil milhões de euros).
Se Paris retrocedeu 20% na procura turística, o Açores aumentaram nada menos de 20%. Todavia, as receitas portuguesas ficam muito aquém da avalanche do turismo espanhol. Ainda que as areias portuguesas brilhem aos olhos dos espanhóis, já que deparam com a escuridão nas suas, o turismo luso ainda tem fortes margens de crescimento
O turismo espanhol é muitas vezes um “turismo de massas”, por isso os gastos turísticas tendem a ser inferiores àqueles que visitam Portugal.  No entanto, apesar da subida de 11,46% do turismo em Portugal, certas estruturas turísticas carecem de uma indústria de ócio e lazer, de animação e diversão nocturna, de parques de divertimento e temáticos, e, da diversificação de módulos ambientais, patrimoniais e naturais.
A balança turística entre Portugal e Espanha requer uma complementaridade que os Açores e a Madeira podem fornecer num leque mais diversificado do turismo, que desponta com fulgor nos países ibéricos.

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...