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quinta-feira, 10 de março de 2016

EUROPOLITIQUE: "ÓRFÃOS DE UMA EUROPA" = COMPLEXO FILIPINO DOS GAULESES


 
Enquanto se bebia uma “copo de champagne” nos lugares turísticos de Paris com residentes alemães, uma “equipe de técnicos germânicos” demandava esses idênticos locais, acompanhada por lusos descendentes, fugindo ao preconceito dos franceses.
Efectivamente, após a II Guerra Mundial, o senso comum francês, e, até intelectual, sente-se inferiorizado em relação aos alemães. Aliás, os franceses ficaram admirados como a Alemanha deu a volta por cima, depois do caos económico, industrial e empresarial.
Este autêntico complexo de inferioridade ergue-se desde o “domínio intelectual” até à simples “formação de trabalhadores”, que certamente tem outros antecedentes.
Mas, o dilema entre germânicos e franceses, que se incrusta num processo de afirmação de identidade, afecta dolorosa e extremamente o contexto europeu.
A França é , sem dúvida, o centro nevrálgico da Europa.
Uma França, inferiorizada em relação à Alemanha, quer economicamente, quer intelectualmente, não pode jogar o papel que os europeus anseiam. Não é a procura de um “pai”. É a exigência de um “fio condutor” desta Europa que se encontra à deriva.
A França carece de “armas e ferramentas” que consiga fazer a ponte entre o “universo protestante” e o “universo católico”, que está incarnado nas suas mais obscuras profundezas.
Além disso, os “erros sistemáticos” do “Quai d’Orsay” nada tem favorecido a sua política externa.
A “fuga dos alemães ao preconceito francês”, e, o sentido de “complexo de inferioridade dos gauleses” carece de intervenientes  que afastem esta orfandade em que estamos inseridos.
 

EUROPOLITIQUE: "O ERRO EPISTEMOLÓGICO" PODE ESTAR TAMBÉM EM BRUXELAS

Os serviços de “monitorização”  de Bruxelas e Strasbourg também têm os seus “problemas técnicos”, sobretudos quando os “erros informáticos”, os atingem na pele.
Por isso, no seu “estilo autoritário” não gostam de reconhecer os “erros”, remetendo-se para uma espécie de “autocracia”.
Claro que a “informática” está disponível ao serviço do homem e “errar é humano”.
Muitas vezes o “erro” funciona com o “sentido pedagógico” que implica o diálogo, se as partes assim o desejarem, para ultrapassar este “obstáculo epistemológico”.
A relação entre Bruxelas e Strasbourg, ou, a relação de um departamento com outro, pode gerar “implicações de erro”, sobretudo, quando se trata de “milho”. Alias, qualquer cidadão comum nem imagina a quantidade de processos para a aquisição do “milho do caniço europeu”, que implica autênticas empresas especializadas.
Quando nós comprámos a mercadoria num mercado, pensámos que pagamos os produtos, mas efectivamente não pagamos; estabelecemos uma relação de confiança com o dono do supermercado.
Por isso, para além deste “caniço europeu”, onde o milho está espalhado com as suas várias espigas, grãos, etc..., a relação de confiança é extremamente importante.
Ora, o “País da Geringonça”, com os seus “mitos urbanos (Fernando Pessoa), rurais (Miguel Torga) ou estrangeirados (Guerra Junqueiro) a nível cultural, detém um património histórico, enriquecido pelos Descobrimentos, que fornece suficientes argumentos de garantia para gerar “essa confiança europeia”.
A arrogância intelectual que grassa nos Pirineús, cujas fronteiras são Bruxelas e Strasbourg, devem deixar-nos no “benefício da dúvida”, já que o “erro epistemológico” pode imperar dos dois lados.

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...