Porventura, seria um privilégio ter um passaporte na mão, milagroso exibir uma "licença militar".
O "R8" acelerava na bordejante paisagem, agitado pelos seus cabelos de azeviche, qual poltro ofegante, repleto de avidez da natureza, desnorteado pelos ventos e impacto da sua beleza.
"Après toi..." era melodia cinéfila e marinha
que escondia penedos salgados em plena via.
O batente do portal estremecera com o aviso da GNR, suavemente associado à amizade que é sal da vida. O oficial da Justiça relembrava apuramento e formatura, depois de o "hospital militar" declarar aptidão e candidatura.
Tanto telefone e zelo dava em fartura;
o medo e alvoroço escondiam esconjura.
Mas o Outono pardacento
acenava com novo vento.
A folha branca dobrada no passaporte timbrou-se à sua volta,
deixando um poltro à solta.
"Après toi..." Outono cinzento e punjente
Abril surgiu, libertou a gente
e, o grão de areia eclodiu sobrevivente!...
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