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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
EUROPOLITIQUE:" Os donos do Bolo" - ANGOLOGATE
Confesso que estou a ler “Os Donos Angolanos de Portugal”, Edições Bertrand. Ainda não construí uma “resenha crítica” ao “manual de economia”, já que não consigo reunir os conhecimentos de António Horta Osório, que gere um banco que é cinco vezes o sistema financeiro português. Mas, desde já, confesso que não vejo nenhuma estabilização bancária que assente em: 1) capital 2) liquidez 3) mecanismos de recuperação e de resolução 4) supervisão. Nem, qual é papel do Banco de Angola, nesta perspectiva de visão. Portanto, a economia passa ao lado, para a análise dos “fait-divers” jornalísticos e bombásticos, que rendilham esta análise. Ora, vejamos.
“A história da formação da burguesia angolana não tem paralelo em África nem noutros processos de acumulação primitiva, para adotar os termos utilizados pelo próprio Presidente José Eduardo dos Santos” (no Capítulo II, pág.21).
Já que não nos situámos na linha económica, quedamos-nos por algumas evidências, aliás este “silogismo económico” parece desconhecer os paralelos em África, “tout court”. O homem mais rico de África é um egípcio. O maior número de ricos situa-se na Nigéria. Alguma da dita “burguesia angolana” está longe de outra existente noutro país de África.
Todavia “Os Donos Angolanos de Portugal”, na sua perspectiva analítica e parcial, porventura visa garantir que o peso dos “petrodólares” angolanos nos poderão ajudar um dia a chegar aos 80% de dívida nacional.
EUROPOLITIQUE: Comboios e financiamento em Angola
O Fundo Africano de Desenvolvimento (FAD) prepara-se para financiar o sector dos transportes em Angola no valor de 4.470 milhões de dólares.
“O sistema financeiro e a economia de Angola” parece requerer, não só uma nova “arquitectura financeira” para a valorização e estabilização do Kwanza, como também, uma “sofisticação técnica” para os desafios da sua economia nos seus projectos a médio e a longo prazo, que são essenciais para o seu desenvolvimento económico e social.
O risco cambial e a inflação entram em linha de conta nas taxas de juro, nos seus activos e passivos das suas operações; ainda que hoje se faça apelo aos dólares do petróleo e à influência da Sonangol e do papel do Estado. Todavia, a grande sofisticação técnica e financeira seguida em certas empresas portuguesas, ou, chamadas “empresas públicas” têm deixado muito a desejar. A possível e crescente afirmação do tecido empresarial, embora impulsionado pelo papel económico do Estado tem de adquirir “pernas para andar” de forma que não se torne um fiasco.
Certamente que o “mercados de capitais” implicará a criação de produtos financeiros que exigem uma credibilidade do funcionamento da sua economia para atrair os possíveis investidores. A confiança no sistema bancário exige uma gestão com quadros capacitados para tais tarefas. A transparência dos fluxos financeiros de certas empresas implica uma gestão e planificação que dê credibilidade do seu funcionamento.
O sector dos transportes e a sua gestão (económica e social), embora de suprema utilidade para os seus utentes e empresas comerciais, acarreta custos financeiros, económicos e sociais, que somente numa gestão conjunta do papel do Estado e das empresas criadas possa conduzir a um certo êxito a sua eficiência. Oxalá, que brevemente o Caminho de Ferro de Benguela e outros encontrem os bons portos do seu funcionamento.
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