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quarta-feira, 21 de maio de 2014

EUROPOLITIQUE: Uma certa arrogância francesa




Ultimamente debato-me com aqueles célebres ideais franceses de "liberdade, igualdade e fraternidade", atraiçoados por uma mesquinhez desbravante.
Aliás, nesta confusão daquilo que é a Europa, subjaz uma certa mentalidade francesa em que a razão de ser é a própria Europa que se submete à supremacia da legislação francesa.
Ainda que outro cidadão não esteja directamente submetido à legislação francesa, em caso de discórdia, o terreno do duelo tem de ser em terras francesas, como se não existisse Europa.
Parece que certos franceses querem nacionalizar aquilo que não é nacionalizável, ou seja, a livre opção de identidade de um certo cidadão. Por coincidência ou acaso, a exigência identitária francesa, nunca foi requerida, embora esteja sempre presente numa possível anuência. Se, nem a oferta de asilo político reverteu em algum favor, nem o pedido de nacionalidade se revestiu de alguma exigência. Mas, estabelecer tribunais na sua própria terra requer a mesma petulância de exigir o cumprimento da legislação francesa, quando os próprios negligenciam a europeia.
Subverter os próprios princípios jurídicos por uma exigência moral de "lei e senhor" reverte-me para a moral formal de Kant, e neste sentido só um "cogito" cartesiano pode fundamentar esta coerência. Todavia, o problema não é meramente existencial ou moralista. É uma questão ética e política que colectivamente encerra o aspecto individual, ou seja, não é somente o próprio indíviduo que está em causa, mas também a própria sociedade em que este indivíduo permanece, age, vive e mora.

EUROPOLITIQUE: A Virose dos deputados europeus





Grande parte dos portugueses detestam esta “virose” provinciana e mesquinha da dita elite europeia que se candidata aos postos bem remunerados, como uma sábia inteligência bafejasse os ditos eleitos.
Certamente que não irão dormir em camas de dormitório como aconteceu aos primeiros deputados europeus do dito rectângulo, mas certamente que estarão bem longe da argúcia dos deputados e peritos dos países poderosos, hábeis na manipulação das leis e dos seus interesses.
Por isso, na limitada mundivência a que serão remetidos, ergue-se a mais nobre tarefa que é a emigração. Nada menos de 30% da população luta por terras ditas europeias. Certamente que não terão forças para bater aos cofres da Suiça reclamando parte dos 4 mil milhões de euros, que jazem nas suas contas de segurança social, e  que pertencem a muitos emigrantes. Certamente que não terão forças para reclamar os direitos de mais de 50 mil portugueses que nunca lutaram pelas parcas economias deixadas na segurança social francesa. Certamente que não terão forças para lutar de igual com igual através das instituições portuguesas com as suas congéneres estrangeiras. Certamente que não terão forças para sabiamente canalizar as várias centenas de milhões de euros que são enviados pelos emigrantes. Certamente que não terão capacidade para lutar contra e a favor das centenas de emigrantes, quer no Canadá, USA e na dita Europa.
Este nobre filão “dourado” da emigração, sustento dos vencimentos destes deputados, é sangue que jorra silenciosamente, sem encontrar um fio condutor. Esta chama “perdida” no silêncio e na amargura, de  uma vida dura, desesperada e sem esperança, carece de uma aurora que desponte num dia mais luminoso.
Agarrem o povo,
porque no povo 
estará a vossa vitória,
a vossa nobreza,
a vossa glória!...

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...