Se, a economia espanhola cresce, quase ao dobro, da economia portuguesa, nas contas da Segurança Social, o caminho inverte-se duplamente. A realidade da situação da Segurança Social espanhola e portuguesa, já causou inveja e admiração dos franceses, mas a realidade social e o seu fundo caminha em derrapagem, na vizinha Espanha.
O Fundo da Segurança Social espanhola arrisca-se a ficar em "ponto zero", no ano de 2017, se a tendência decrescente de receitas continuar no mesmo caminho.
Neste momento, o seu fundo, somente tem em reserva 15.915 milhões de euros, aproximando-se do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) portuguesa, no valor de 14,1 mil milhões de euros, o que comparativamente com a realidade social hispânica é de uma enorme discrepância.
Ou seja, um pequeno País, com saldo positivo, contra um grande País, com saldo quase negativo, sendo que a Espanha deve triplicar as suas receitas sociais para o seu fundo de reserva.
No final do ano de 2011, o Fundo de Reserva espanhol tinha, nada menos de 66.800 milhões de euros, o que corresponde a um nível de reservas consoante a sua realidade social; ou seja, três vezes mais que a situação portuguesa.
Os gastos da Segurança Social em Portugal atingem 20,5 mil milhões de euros, neste momento, o equivalente, a 8% do P.I.B. português. O Fundo português, "grosso modo", pode providenciar um ano de pagamento das suas prestações sociais. (No entanto, o peso da dívida pública portuguesa é da ordem dos 243,2 mil milhões de euros, o que corresponde a 134% (?) do seu P.I.B., enquanto que, a Espanha atinge 100% do seu P.I.B.).
Mas, a situação espanhola e as reservas do seu fundo, indirectamente, tem reflexos sobre a realidade social portuguesa, ainda que o crescimento hispânico seja o dobro do lusitano.