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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

EURO POLITIQUE 127. "Brasil e a Líbia".


Um dos países mais amorfos na questão da Líbia tem sido a China, apesar de comprar nada menos de 50% do petróleo deste país. A política chinesa em relação à África é sobretudo de interesses económicos, procurando não imiscuir-se nos assuntos políticos.


O peso relevante da China contrasta com os “chamados 50 países” convocados para Paris por um dos comandantes da Europa, na tentativa de ultrapassar a miscelânea europeia, quer no plano diplomático, quer noutros planos.

Falando em planos e planificação, até mesmo Angola tem vacilado nas suas relações diplomáticas com a Líbia.

O Brasil tem desenvolvido grandes negócios no território líbio. As suas empresas estão bem cotadas nestas terras, cujo solo também tem merecido as visitas de antigos sócios ou governantes. Além disso, o Brasil tem ensaiado uma espécie de “terceira via diplomática” que ainda não surtiu os seus efeitos. É quase um “balão de ensaio”, cuja tentativa visa demarcar-se das arrogantes pretensões diplomáticas de Hugo Chavez.

Entre o peso específico do Brasil em território da Líbia, e, o peso periclitante de Portugal tem havido uma balança favorável ao Brasil. Alias, Brasil é Brasil.

Todavia esta diferença real deve-se a uma falta de estratégias diplomáticas e económicas que não foram exploradas.

Os tempos não são de divisão entre irmãos. Todavia, no triângulo desta emergente lusofonia existem estratégias que merecem ser reconsideradas, quer para o nosso pequeno rectângulo, quer para outros congéneres, cujos progressos susceptíveis de cooperação merecem um digno registo.

Apesar de um Brasil ser um país emergente, grande e possante, não quer dizer que Portugal não possa, mas deva desenvolver o seu potencial de influência diplomática na conjugação dos seus interesses e de outros. E, com o Brasil, ainda melhor.

EURO POLITIQUE 126. "Portugal e a Líbia"




O CNT já anunciou que não espera nenhumas forças de pacificação nos seus territórios.

O enquadramento das forças rebeldes no futuro exército e a entrega de armas parecem ser os primeiros passos em direcção à pacificação.

As relações coma Argélia mantêm-se tensas, embora seja evocadas razões humanitárias.

A passagem de um processo revolucionário para as estruturas governamentais de uma verdadeira democracia demoram o seu tempo de maturação e pacificação.

Os interesses económicos de alguns países devem conjugar-se com os interesses de um autêntico florescimento dos valores democráticos. A democracia conquista-se, mas os passos para a sua implementação requerem esforços de inter-ajuda. É fácil destruir um país, mas é muito difícil construi-lo.

Por isso, a necessidade de um GRUPO DE CONTACTO, servido por vários coordenadores nos diversos domínios seria uma solução adequada para tais emergências.

A coordenação europeia deveria eleger um RESPONSÁVEL MÁXIMO para colmatar a multiplicidade de funções, para ter uma voz activa e uníssona na miscelânea dos seus interesses..

A Líbia não pode ficar à deriva e não está, mas precisa do apoio internacional nos mais variados níveis.

A recente reacção do Zimbaué, antiga Rodésia, é um epifenómeo das relações diplomáticas. Todavia os canais de diálogo e cooperação devem funcionar nas mais variadas instâncias.

Por isso que o marasmo e a complexidade das instituições internacionais não sejam um obstáculo à reconstrução de um país em direcção à democracia.

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...