O "bosque de amieiros" formavam "a Ilha dos Amores" que Camilo Castelo Branco descreve em"Maria Moisés" nas "Novelas do Minho", na qual se escondia uma "rapariga, frágil e bonita", apaixonada por um fauno, causador da sua tragédia. Todavia, "emboscados num choupal da Ínsua", (não) "eram mais inocentes que os pássaros": o cadete e a loura de Santo Aleixo"
Esta pequena ilha surge no rio Douro, desafiando outra escondida no rio Minho, também ela chamada de "Ilha dos Amores", que segundo a lenda, um português e uma espanhola, que por desavença parental, nela se enamoraram.
Alfredo Roque Gameiro que nasceu em Minde, concelho de Porto de Mós, a 4 de Abril de 1864 e faleceu em Lisboa, a 5 de Agosto de 1935, dá-nos a plasticidade cromática mais singular desta ilha. O constrate de cores era evidente, antigamente. Hoje, predomina a monotonia de verde que a circunda. A mescla de árvores de folhas perenes e caducas fornecia a variedade cromática, que infelizmente desapareceu numa fábrica de madeira de Barcelos.
Os amieiros e os salgueiras (sincerais, poeticamente dito) predominam sobre as faias, os freixos, e, árvores demais!...
"Novelas do Minho", Camilo Castelo Branco, Novelas do Minho, págs. 48-51, Edições Expresso e Ed. Aletheia, Lx. 2016.