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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

ARMADA AGUALUSA. 5 - ANGOLA

ARMADA AGUALUSA. 5



As autoridades angolanas procuram desenvolver um maior intercâmbio com a lusa Lusitânia.

- Esperar "cinco meses" por um visto, é demasiado tempo!...

- Exigir sustentatibilidade aquém e além mar, ultrapassa certos limites!...

Colocam-se várias dúvidas em relação ao grande contingente que harmoniosamente deambulam nos vinte e tal voos semanais entre Luanda e Lisboa.

Até que ponto as autoridades angolanas desejam fortalecer os laços de irmandade entre povos levantam várias algumas questões de melindrosa diplomacia.

Em tempos de crise, o espaço angolano surge nos horizontes de muitas ambições e intenções particulares, mas que carecem de uma sustentação firme e corajosa nas suas várias instituições.

Os mais variados sectores da sociedade civil e política carecem de uma formatação de conhecimentos que muitos portugueses seriam capazes de fomentar.

Todavia este incremento implica certas alterações que porventura gerarão alterações de mudança que afectam interesses instalados.

O estudo de mercado, a planificação e “marketing” parece não fazer apanágio das empresas portuguesas, dadas também as incipientes condições angolanas.

O intercâmbio obedece a lógicas fechadas e enclausuradas. Não existem agências credíveis do mercado de emprego.

Em vez de funcionários exibicionistas de “Mercedes” na mão, aprendizagem lenta, e gastos hoteleiros prolongados, a criação de "agências credíveis" subtrairia os gastos em dispendiosos escritórios de advogados.

Embora, a nível institucional de altas esferas, as coisas funcionem, no intercâmbio da sociedade civil levantam-se enormes obstáculos.

"Portuguese Krugman". 2

A periferia europeia, sempre dominada pela “ideologia católica”, parece ficar, eternamente, dominada pela “ideologia protestante”, sobretudo alemã, já que se preocupa mais com os “voos celestiais” do que com as “realidades mundanas”; para não esquecer a tese de Max Weber de que um fenómeno nunca pode ser explicado por uma única variável, em sociologia, mas que em teoria económica parece reverter em seu favor.


A experiência empírica do senso comum procura demonstrar o contínuo atraso económico e mental desta periferia latina.

Historicamente, a supremacia germânica, quer técnica, quer ideológica, desde Kant a Hegel, e, demais pensadores procura vincar que o espírito alemão e a língua germânica detém a única capacidade fundamental de suster o “ser”, ou “dasein” objectal de Heidegger, do qual provém a produtividade económica.

A experiência empírica, eivada do senso comum, demonstra que a chegada de qualquer alemão aos USA nada tem a ver com o complexo europeu de dependência face ao seu poder económico, político e militar; embora os franceses mantenham a elegância nuclear.

A periferia alegre e tonitruante que enriquece a supremacia alemã, sistematicamente, continua refém dos seus empréstimos e dádivas, já que não consegue emancipar-se e libertar das garras do seu senhor, evocando a dialéctica do senhor e do escravo, no tratamento do objecto, do velho Hegel.

A experiência empírica, protagonizada no mais alto senso comum, lamenta-se na sobrecarga de impostos em caridade católica que escapam ao espirito protestante alemão.

A periferia, amiga do sol e da praia, distrai-se nas suas areias atlânticas, esquecendo-se que o espaço de conquista territorial corre noutras direcções, e, que a “ideologia protestante e rica não está para sustentar povos indolentes e marginais, cujas ambições não correspondem ao espírito alemão.

A experiência empírica e humana demonstra continuamente o atraso económico e mental que se situa para lá dos Pirinéus.

A periferia mantém-se numa lenta escravidão face aos enlaces do senhor no espaço e no tempo, já que a propriedade é sinónimo de poder e moeda.

A experiência empírica que amordaça os latinos, serão sempre latinos, "pobres e incultos", incapazes de ombrear com as forças telúricas que o vulcão alemão projecta na cena mundial, e, que o tempo e espaço jogam a seu favor.

"Portuguese Krugman"

“Portuguese Krugman ”. 1



É salutar ter um “prémio nobel” de economia a falar sobre 1% da economia europeia, ainda que as necessidades financeiras se situem na ordem do 80 mil milhões de euros, para o ano de 2011.

É salutar que o País salte para a ribalta internacional, quando nos velhos tempos se lamentava qualquer notícia, sobretudo, antes do 25 de Abril, na imprensa estrangeira ou europeia, ou mesmo, mundial.

É salutar que os “Certificados do Tesouro” tenham encontrado 44 mil investidores, com uma média de 15 660 euros, apesar dos prognósticos aqui lançados. Ainda bem que existe “classe média”, sem lamentações de ricos ou pobres.

É salutar que apesar da crise, das lamentações, das saudades antigas ainda se ponha em causa os avanços da democracia, apesar dos seus custos.

É salutar que apesar de termos vendido metade das reservas de ouro, ainda consigamos estar no “top” com estas barras reluzentes.

É salutar que o BCE nos acene com 100 mil milhões de euros para garantia da nossa manutenção na moeda europeia.

É salutar ter somente 9% dos portugueses, verdadeiramente preocupados com a sua viatura ou automóvel, quando durante muitos anos este veículo era um luxo.

É salutar que os portugueses possuem casa para “dar e vender” que causa tanto espanto aos alemães e seus vizinhos.

É salutar que os ricos alemães fiquem espantados com os pobres portugueses que conseguem ter carro, casa e alimentar-se.

É salutar que um pequeno País, pela terceira vez consecutiva, permaneça durante dois anos, no Conselho de Segurança.

É salutar ter o “melhor treinador” do Mundo, falando e puxando pelo “ego” lusitano, como outros emigrantes, dizendo:

“Esta ditosa Pátria amada!..”

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...