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terça-feira, 10 de janeiro de 2017

EUROPOLITIQUE: O núcleo duro da "moeda única" - EURO (Alemanha, Holanda, Áustria e Finlândia)

Subjectivamente, gosto da moeda única, embora tenha inveja da “nota verde” – o dólar, idolatrado pelos sul americanos; e, confundido com certos africanos, quando querem pagar em dólares, pensando que vale mais que o euro.
Objectivamente, deixo aos economistas a solidez da “moeda única” que navega em ”maus lençóis”, quer internamente com o fardo da dívida portuguesa, quer no seu “uso” como instrumento do desenvolvimento económico lusitano.
Todavia, o “euro” deu-nos este conforto de solidez e irmandade que nos une como europeus; e, para além de ser um instrumento da economia europeia devia subornar-se às suas exigências de unificação, já que o número é somente medida da “coisa”, da “mercadoria”, do trabalho inscrito na matéria, e, por cima dele está a actividade humana.
Qual o valor e força desta actividade humana na construção europeia (nos seus valores, na sua política e nos seus ideais – estados sociais) deve permanecer como “tábua ou quilha mestra de um barco” a reconstruir-se?
As certezas económicas não podem ser a únicas a comandar a vida dos europeus, embora o “homem económico” seja um dos fundamentos do seu modo de existir.
Advogar um “núcleo duro” da “moeda única”, constituído pela Alemanha, Áustria, Holanda e Finlândia contra uma “periferia” da Espanha, Itália, França e Portugal (onde, a Grécia é excluída) faz me lembrar um psicólogo americano Sherif que dizia  que: quando uma criança introjecta o racismo em criança, nunca mais aceitará os negros como pessoas.
Ora, como afirma o alemão Meuthen: «o euro é uma semente de discórdia numa Europa com distintas culturas monetárias e diferentes níveis de competitividade», justificando a criação de duas moedas, uma para os ricos e outras para os mais desfavorecidos. Isto remete-nos para os "eternos preconceitos psicológicos" que um núcleo duro nunca é desmontado pelo seu periférico, quando as abrangências e constituições deste mesmo "núcleo  nuclear" tem divergências e fracturas na sua própria formação. Oxalá, que os "novos nacionalismos" arrefeçam nas suas intenções.
A economia deve estar ao serviço do homem, e não pode ser a sua única dimensão. Encontrar as formas de ultrapassar este impasse, torna-se em defender pessoas, e, em fortalecer o euro contra o dólar e yuan.

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