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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

EUROPOLITIQUE: Crónica Galega - A semântica do "INSULTO INTOLERABLE" galego


El alcalde rompe relaciones con el regidor de Oporto por su "insulto intolerable" hacia Vigo, (segundo relata o jornal Faro de Vigo).

        Como dizem os franceses, se o “discurso é sempre uma traição do discurso”,  o “insulto intolerable” do “alcade de Vigo” remete para uma análise da própria linguagem, ainda mais quando a “língua galega” reclama uma aproximação à língua portuguesa, sendo ela mesma uma língua de origem latina.
          Na linguagem, a trilogia de sintaxe, semântica e pragmática denuda-se nesta “mania” sobranceira galega do “uso e abuso da linguagem”, cujo léxico está presente nas relações de fronteira.
          A palavra “alcaide” está semanticamente ligada a fortaleza, forte, fortificação, com as suas muralhas e ameias, tal como antigamente Santiago de Compostela estava defendida por causa dos seus tesouros; modernamente, o "alcaide" do antigo Condado de Toronho defende a sua região com belos cruzeiros enfeitados. E, neste pretenso estatuto, o seu “alcaide” quer defender os “seus tesouros”,  estando  nos seus direitos.
         A nossa linguagem republicana não incarna qualquer tipo de realeza que implique o conceito de "reger" (regidor), nem o apelo à palavra "rex".
         Por isso, ao tratar Rui Moreira, Presidente da Câmara do Porto por "regidor" está a colocá-lo ao nível de qualquer “regedor”. Ora, o regedor era o antigo Presidente da Junta, em qualquer freguesia do País.
         Qualquer leitor de Cervantes, descortina este tipo de linguagem que “nuestros hermanos” exibem com galhardia.
        "Em si" o insulto é tão “desqualificável”, como a linguagem inscrita no próprio “insulto” é inadmissível.

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