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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

EURO POLITIQUE 251. Paulo Portas e o Canadá







Estou mais preocupado na fronteira entre Moçambique e a África do Sul, (já que fico sem o passaporte) do que com a fronteira do Canadá e dos USA, (com as “balelas” de um canadiano!...), mas, ainda mais preocupado fico com uma entrevista tendo como pano de fundo o Mar da Palha.
A tradição da minha revolta remonta  à “negação de passaportes a cidadãos portugueses”, depois do 25 de Abril.
Aceitar que um País da América do Norte expulsa os seus cidadãos, pelo facto de terem pais portugueses é uma contradição digna dos manuais de direito. E, a passividade com que se assiste a esta situação é digna de confrangedora humilhação.
Não basta ter mais de 2 000 universitários nas escolas superiores de Toronto, não basta ter uma numerosa comunidade laboriosa no Canadá, não basta ter uma representação de segunda em Portugal, dependente de Paris, não basta ter um “staff” de origem portuguesa, muitas vezes, ignorante das leis canadianas, para assistirmos aos espectáculos de “expulsões”.
Não é que não estejamos habituados a certo tipo de arrogância, que somente o desafio de colocar uma plateia capaz de encher a Sala da Música do Porto possa convencer os ilustres representantes que somos capazes de nos afirmar como iguais em “direitos e deveres”. Mas, quando se fala em direitos, pelo facto de sermos estrangeiros, ou, não sermos canadianos, boicota-se o acesso às informações que nos dizem respeito.
Se uma humildade família de origem portuguesa se encontra enredada na teia da legislação canadiana, que dizer da “petulância canadiana” que cumpre as suas próprias normas conforme o seu belprazer!...
Do mesmo modo que respondi ao incógnito canadiano: “tu vais ver, se eu fico aqui!...”, de forma idêntica faço votos que digam ao Canadá: “vamos ver, como fica esta situação!...”
“É para isso que são os diplomatas” – diz Paulo Portas.


P.S. "Cada Estado determina a cidadania em função de dois critérios:
 - o da filiação ou "Jus Sanguinis", vindo da Grécia e de Roma.
 - o do local de nascimento ou "Jus Soli", vindo da Idade Média, por influência dos laços feudais.
No império Romano, a cidadania era vista como o vínculo a um Estado e a nacionalidade como a ligação a uma comunidade cultural. Após a Revolução Francesa passou a existir uma coincidência entre o Estado e a comunidade cultural, entre cidadania e nacionalidade.


"Cidadania" tem origem etimológica no latim "civitas". Designa um estatuto de pertença de um indivíduo a uma comunidade politicamente articulada e que lhe atribui um conjunto de direitos e obrigações.
BUT sed  BUT.......................
Nacionalidade é o vínculo que se estabelece entre uma pessoas e um determinado Estado. 
Em princípio, os Estados são livres na fixação de quem são os seus nacionais.
Normalmente a atribuição ou aquisição da nacionalidade dependem de certos factos ou relações.

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...