"Adiós, hasta siempre"
Embalados pelo vento fresco da pista do aeroporto da Portela, esperava-nos o voo, em direcção às paragens mexicanas, ou, melhor dito, “Cancun”.
O avião regurgitava de pessoal luso, em direcção às praias do Caribe, colmatando a carestia que ensombrou, tantos anos, o esforço lusitano.
Mas, subitamente, ressurgiu, "inconscientemente", o anúncio de “apertar o cinto” que não condizia com o usufruir de tão belas paragens, nem condizia com os voos, de antanho, em que nas ligações aéreas europeias, se viajava com meia dúzia de passageiros, descontando os jornalistas.
Novos ventos sopravam, a maré era de colheita frugal, mas anteviam-se, já, alguns tormentos.
Paul Krugman insinua que os trabalhadores do Sul da Europa terão de adiar os seus sonhos de tão míticas paragens.
Aponta-se para um decréscimo de 20% a 30% no real valor dos seus salários, o que nos torna inconformáveis na satisfação de tais viagens.
Ou seja, não é só, a viagem ao mundo do Caribe, que está suspensa, mas também, todo um conjunto de possíveis benesses, que ficam adiadas.
O regozijo salutar de ver os portugueses embalados nas suas quentes viagens, começa a dar lugar ao rigoroso inverno que as suas ventanias parecem fustigar, “sem dó nem piedade”.
Um “adiós, hasta siempre” ergue-se como pano de fundo, numa crise, cujo fosso, se revela insondável no néctar do "Caribe”.
Em breve,a classe média será simplesmente classe trabalhadora, sem ambições ou deduções.
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quarta-feira, 19 de maio de 2010
EURO POLITIQUE. 30 - "Seven"
Os "sete pecados mortais" do “euro” :
1 – A falta de liderança política (a Preguiça)
Esperava-se que com a “nova orgânica” da comunidade europeia se exibisse um “rosto forte e visível” em relação ao mundo, tanto na sua política externa, como militar, com a real afirmação de um “verdadeiro líder”. A lentidão não se compraz com a globalização.
Acontece que a França e a Alemanha (não esquecendo, o papel da Inglaterra) repartem, mutuamente, a liderança no espaço europeu, deixando os pequenos países como satélites ou reféns dos seus interesses.
2 – A “jihad” de Kadafi (a Ira)
A “jihad” de Kadafi foi um pequeno teste à liderança europeia. O problema era com a Suíça, mas os europeus, pouco se interessaram por este ataque económico, que obrigou o Presidente da Federação Helvética a pedir desculpas por um incidente familiar Aliás, as relações com o mundo árabe não são nada fáceis; e, isto é, a face do “iceberg”.
3 – Os países emergentes (a Avareza)
Politicamente, os países da América do Sul, que escaparam, um pouco à crise, esperavam respostas políticas aos seus anseios que atingem, também, as suas políticas nacionais, e, económicas. Acresce-se outros países, com fortes ligações europeias, como: África do Sul, e, a Índia.
4 – O mundo do petróleo (a Luxúria)
Economicamente, as empresas petrolíferas parecem que preferem a “nota verde”, ao valor desmesurado do euro. Além da influência das empresas petrolíferas americanas, a moeda europeia, parece fugir aos seus desígnios. O mundo do petróleo continua a dominar muitos contextos estratégicos, económicos, e, políticos.
5 – O império chinês (a Vaidade)
Repletos de dólares, a China, habilmente se estende nos mais profundos espaços financeiros, comandando, com mão invisível, as suas influências. Aliás, o seu modelo económico pouco se compadece com os valores do sistema europeu. Oxalá, que o "Tigre de Papel" não condicione a economia europeia, em prarâmetros japoneses!...
6 – A inveja da “bela moeda” (a Inveja)
O sonho de muitos habitantes fora do contexto europeu suspira na miragem do “euro”. Todavia, os europeus terão de adiar os seus sonhos na repercussão da sua “bela moeda”, porque os seus benefícios obrigação a autênticos sacrifícios. Além disso, certos privilégios não duram sempre!...
7 – O dólar não esmorece (a Gula)
A moeda americana, símbolo da hegemonia mundial, consegue encontrar fundamentação económica no floreado evanescente da construção e sustentação da moeda europeia. O tio "sam", liberal. quanto baste, redobra-se no "self made man": "money is money"!...
1 – A falta de liderança política (a Preguiça)
Esperava-se que com a “nova orgânica” da comunidade europeia se exibisse um “rosto forte e visível” em relação ao mundo, tanto na sua política externa, como militar, com a real afirmação de um “verdadeiro líder”. A lentidão não se compraz com a globalização.
Acontece que a França e a Alemanha (não esquecendo, o papel da Inglaterra) repartem, mutuamente, a liderança no espaço europeu, deixando os pequenos países como satélites ou reféns dos seus interesses.
2 – A “jihad” de Kadafi (a Ira)
A “jihad” de Kadafi foi um pequeno teste à liderança europeia. O problema era com a Suíça, mas os europeus, pouco se interessaram por este ataque económico, que obrigou o Presidente da Federação Helvética a pedir desculpas por um incidente familiar Aliás, as relações com o mundo árabe não são nada fáceis; e, isto é, a face do “iceberg”.
3 – Os países emergentes (a Avareza)
Politicamente, os países da América do Sul, que escaparam, um pouco à crise, esperavam respostas políticas aos seus anseios que atingem, também, as suas políticas nacionais, e, económicas. Acresce-se outros países, com fortes ligações europeias, como: África do Sul, e, a Índia.
4 – O mundo do petróleo (a Luxúria)
Economicamente, as empresas petrolíferas parecem que preferem a “nota verde”, ao valor desmesurado do euro. Além da influência das empresas petrolíferas americanas, a moeda europeia, parece fugir aos seus desígnios. O mundo do petróleo continua a dominar muitos contextos estratégicos, económicos, e, políticos.
5 – O império chinês (a Vaidade)
Repletos de dólares, a China, habilmente se estende nos mais profundos espaços financeiros, comandando, com mão invisível, as suas influências. Aliás, o seu modelo económico pouco se compadece com os valores do sistema europeu. Oxalá, que o "Tigre de Papel" não condicione a economia europeia, em prarâmetros japoneses!...
6 – A inveja da “bela moeda” (a Inveja)
O sonho de muitos habitantes fora do contexto europeu suspira na miragem do “euro”. Todavia, os europeus terão de adiar os seus sonhos na repercussão da sua “bela moeda”, porque os seus benefícios obrigação a autênticos sacrifícios. Além disso, certos privilégios não duram sempre!...
7 – O dólar não esmorece (a Gula)
A moeda americana, símbolo da hegemonia mundial, consegue encontrar fundamentação económica no floreado evanescente da construção e sustentação da moeda europeia. O tio "sam", liberal. quanto baste, redobra-se no "self made man": "money is money"!...
Staff presidencial. 86 - Simplesmente agrícola
Uma das causas do insucesso da agricultura portuguesa constata-se nas ajudas económicas prestadas à ”sementeira” dos produtos agrícolas, esquecendo, a sua colheita.
Dinheiro no bolso e compra de bens sumptuários, neglicenciando, efectivamente, a sua produção e continuidade produtiva.
O tecido agrícola, social e económico, quer nos USA, quer em França, reverte em casas erigidas nas quintas, ou, espaço de terreno agrícola, demonstrando a sua pujança, conforto, e, afirmação económica.
Indagar esta tipologia nos campos do Alentejo, é quase, uma miragem, que contrasta com a alvura das casas do verde Minho, muitas vezes, construídas com o dinheiro da emigração.
Ora, nesta zona geográfica nortenha, nas margens do rio Minho, uma Câmara Municipal dispensou 600.000 euros, em ajudas sociais, para instituições mais carenciadas.
Evidentemente, que não é função desta Câmara a preocupação pela produção agrícola.
(Todavia, e, por regra, os terrenos deviam ser taxados conforme a sua produtividade: “produtivos” ou “improdutivos”)
Ora, se esta Câmara optasse pela solução de “ajuda agrícola”, optando por 50% de tal orçamento daria emprego a 1000 pessoas, durante um ano.
- Os terrenos abandonados podiam ser plantados de choupos, faias, carvalhos do norte, cuja madeira se torna rentável para a indústria mobiliária.
.- Os seus terrenos florestais podiam receber uma abundante plantação de pinheiros, eucaliptos e outras árvores, para a indústria da fabricação de papel..
- Outros terrenos podiam tornar-se num manancial de produção de kiwi, para o consumo interno, e, para exportação.
A paisagem agrícola e o ordenamento territorial, com a força do trabalho das suas gentes, deveriam fazer parte do cenário que se procura exibir com carácter turístico.
Esperar que uma geração passe, para que as coisas mudem, sem construir as alavancas do futuro, é deixar que a inércia mine as energias de uma população que visiona um sonho que os oportunistas elegem: o tubarão – “que definhem aqueles que aqui estão”!....
Mas aquilo que parece utopia, talvez, por necessidade, aconteça uma dia.
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