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domingo, 5 de dezembro de 2010
EURO POLITIQUE 59. "Chinês, aqui não entra"
“Chinês aqui não entra”, dizia simplesmente uma pessoa tão farta de produtos baratos e fracos, “made in China”.
Parece que o governo chinês, também farto de arremessar divisas estrangeiras, resolveu mudar de rumo.
Nos próximos cinco anos prepara-se para gastar a módica quantia de 1500 mil milhões de euros em novos programas de renovação tecnológica.. Após anunciar comboios de alta velocidade de 500 Km/hora, que está prestes a conseguir, pois só falta 15.
Eis, portanto, as sete propostas: biotecnologia, materiais de ponta, tecnologias verdes, carros de propulsão alternativa, tecnologias de nova geração, energias renováveis e produtos manufacturados de alta qualidade.
Estarão as empresas portuguesas atentas ao “marketing chinês”?
Portanto se alguém disser “chinês aqui não entra”, talvez seja surpreendido pela mudança chinesa, que pretende privilegiar as indústrias de forte valor acrescentado..
Aliás, na tecnologia de alta velocidade, a China prepara-se para dar cartas no mundo exterior.
Mas aquilo que, por vezes, pugnámos por um “modelo europeu”, e um “modelo americano”, eis que a China se apregoa pela defesa do seu “modelo de desenvolvimento económico”, mais flexível e eficaz.
Qual será, portanto, o “modelo chinês” de direitos sociais, políticos e económicos?
EURO POLITIQUE 59. Mar del Plata
Após a Cimeira da Nato em Lisboa é necessário refrescar o ânimo das tropas no Afeganistão. Um antigo dirigente da CIA referencia que a política externa (ou, sobretudo, a política militar dos USA) se mantém nos mesmos objectivos da antiga presidência.
A repartição de poderes e pontos de influência nos grandes organismos mundiais carece de uma melhor repartição, quer devido ao desenvolvimento económico e social, quer ao factor de demografia.
Todavia mexer nessas grandes e poderosas organizações, apesar do apelo de certas individualidades, permanece num jogo de falta de clarificação que a sua ambiguidade favorece para certos e determinados jogos estratégicos.
Nestes jogos estratégicos particulares tende-se arrastar outros países para a manutenção do clima de tensão que satisfaz os interesses individuais de outros.
Os novos e antigos problemas de imigração, terrorismo, pirataria, máfias, tráfico, extorsão, contrabando são epifenómenos que grassam a sociedade civil aos quais os “estados” modernos tem dificuldade de dar resposta.
As sociedades democráticas têm de privilegiar as vias de comunicação e informação para que as pontes de diálogo e consenso se afastem dos meios violentos.
O processo de integração do indivíduo na sociedade e no estado é um processo lento e moroso, quando atinge os seus graus de integração.
Platão tinha razão ao defender a educação, a procura da verdade, fugindo do discurso corruptor do orador, ou, simplesmente da retórica, função essencial do político.
Os discursos demagógicos pouco conduzem à essência da realidade e da verdade, e, por vezes, a ilusão vende-se como força da justiça.
A força da justiça justifica-se com o aparato militar, quer em Cabul ou algures, mas que não atinge os seus objectivos, porque, hodiernamente, as sociedades civis organizadas ou não, não encontram a sua justificação nos estados.
Existem indivíduos cuja vida se faz contra o Estado, conscientemente, e conseguem sobreviver, serão aquilo que os gregos chamam de “selvagens” dada a sua falta de integração na cidade, na pólis, ou, na política do estado.
A dinâmica “sociedade civil” versus “estado” e vice-versa, atingiu em Espanha um clímax de explosão. A média de indivíduos (controladores aéreos) que ganham 200 000 euros anuais, ou, até 600 000 em alguns casos, não condiz com as dificuldades da realidade económica de Espanha.
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