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quarta-feira, 19 de junho de 2013
EUROPOLITIQUE: Where is Kilamba? (Angola)
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O “Jornal de Angola” ainda não anunciou o bom andamento da venda de casas nas chamadas “cidades fantasmas” de Kilamba e Cacuaco, apesar de Francisco de Lemos Maria afirmar, em data anterior, em que “foram vendidas 4.111 habitações, sendo 96 a crédito, 465 à vista e 3.550 pelo modelo de renda a resolver”, segundo reafirma também o “Jornal de Angola”, e, segundo também este matutino não foram obtidas informações sobre os pedidos e reivindicações que ultimamente foram feitas por vários credores e aspirantes de uma habitação.
A iniciativa privada começa a disponibilizar casas entre 170.000 e 240.000 dólares, afirmando que estão 40% abaixo da concorrência. Quer dizer, que o preço de outras construtoras galopa numa espiral ascendente que desfaz qualquer sonho de muitos angolanos, que aspiram à dita classe média. Daí as advertências de Elias Isaac, responsável pelo ramo angolano da sociedade OSISA (Open Society Initiative of Southern Africa), que em declarações à BBC: “Não há classe média em Angola, só os muito pobres e os muito ricos, e por isso não há ninguém que compre este tipo de casas”.
A reduzida endinheirada elite angolana ainda se pode dar ao luxo de compra de casas na ordem de 1 ou 2 milhões, mas a “aspirante classe média” de Angola aspira ao conforto de uma simples habitação.
Ainda que os números apresentados não sejam totalmente credíveis, aponta-se para que as casas das “ditas cidades fantasmas” estão a ser vendidas entre os 70.000 e 120.000 dólares. Com a possibilidade de um crédito a 9%, quer dizer que na sua classe intermédia, se atinge os 750 dólares por mês, sem a devida amortização. A extensão de crédito do 20 para 30 anos, com a cláusula nos 30% de referência ao vencimento não augura grandes hipóteses de muitos angolanos satisfazerem o anseio de casa própria.
Porém, a abertura destes empreendimentos a outros potenciais compradores, com algumas exigências sociais, pode ser um ponto de saída para o andamento destes empreendimentos e outros afins.
Todavia, o “Jornal de Angola”, tão fiel aos números do Executivo, não deve perder a oportunidade de elucidar o andamento e a venda destas casas, como também elucidar aos próprios concidadãos da satisfação dos angolanos pelas benesses destes empreendimentos.
ADENDA:
Ultimamente, (após um interregno de Fevereiro a Junho, e lá vão 3 anos!...)"conforme declarações dadas ao Jornal de Angola, na conferência de imprensa do aniversário da Sonangol, o presidente desta empresa referiu que já tinham sido vendidas mais de 18 mil habitações"!...
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