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segunda-feira, 13 de junho de 2016

EUROPOLITIQUE: "Irradiar" a "mentalidade parasita" na emigração


Os casos de sucesso de alguns emigrantes portugueses em França numa comunidade “invisível e silenciosa”, segundo o sociólogo Albano Cordeiro, que salta para a ribalta com  a “mala de cartão”, ou, com o "estro" de Tony Carrera, timidamente acompanhada por alguns expoentes ou artísticos, não pode desconhecer os 30% de lusitanos, que em território francês, estão no limiar da pobreza.
A Santa Casa de Misericórdia de Paris presta alguma atenção a estas situações. Faltam algumas análises sociais, quer em relação aos problemas de pobreza, quer em relação à comunidade portuguesa em geral.
Nem todos são emigrantes de sucesso, mas alguns pagam na ordem de 4.000 euros de IMI francês.
Nem a todos o sucesso sorriu, porque a falta de competências não lhes forneceu “armas e ferramentas” para atingir certos patamares.
Parece, por vezes, subsistir na emigração portuguesa uma certa “mentalidade parasita”.
Exemplifiquemos, “eu não falo francês ou inglês, porque o meu filho fala por mim”. São situações, em que as pessoas, com certas “bases de francês ou inglês” não utilizam, nem desenvolvem as suas competências. Acomodam-se a uma certa preguiça mental.
Esta “mentalidade parasita” que conduz a situações de “gheto”, ou, de redução  aos “espaços portugueses no estrangeiro” em nada favorecem a inserção nos países de acolhimento, nem o seu conhecimento .
A esta « mentalidade parasita” junta-se a “aversão a greves”, à luta pelos “direitos sociais”, já que o imperativo do dinheiro rápido causa uma certa ilusão de futuro.
A “mentalidade parasita” expressa-se no símbolo da “santa terrinha”, no apego exagerado a certas raízes tradicionais que impedem um verdadeiro crescimento.
A “mentalidade parasita” não permite a passagem do “estado de natureza” para a “sociedade civil”, quer junto dos países de acolhimento, quer em relação ao território português.

 

 

 

 

 

 

 

 

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