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sexta-feira, 8 de novembro de 2013
EUROPOLITIQUE: Para além do turismo em Angola
Na teia pardacenta das relações luso-angolanas que os “media” debitam com frequência, surge a notícia do investimento do Grupo Pestana em Luanda. Confesso que andava ávido de informações acerca deste investimento. Longe dos objectivos de “marketing” e “exploração hoteleira”, apraz-me saber que desde 2009 até 2013, a planificação emerge dos seus calabouços, para finalmente, no espaço de quatro anos, se erguer com a sua sumptuosidade. Por isso, após o “terreno livre”, que no ano de 2017, a obra se concretize, como um marco histórico da indústria hoteleira.
Aliás, o anúncio desta obra parece quebrar um “certo gelo” que se instaurou num certo tipo de imprensa, que nada noticiou acerca da sua implementação. Os casos mais “sórdidos” fazem a delícia do seu público na chamada “crónica negra”.
Este empreendimento é uma “chama viva” de que as relações luso-angolanas caminham numa certa normalidade, apesar dos medos e temores que ensombram, hipoteticamente, o seu relacionamento.
O espaço geo-estratégico dos países de língua portuguesa é extremamente importante para que seja deixado a outros protagonistas, ávidos da sua ocupação. O triângulo atlântico de língua portuguesa deve ser preservado com “unhas e dentes” pelos seus actores, no qual os angolanos detêm uma quota parte bastante importante, dada a sua pujança económica, conjuntamente com o Brasil. Se o conjunto destes países carece, por vezes, de uma certa base tecnológica, não quer dizer que não assumam os seus compromissos, melhor dizendo, os seus direitos e deveres. Costuma-se dizer que a “união faz a força”, e, é nesse movimento que os países de língua portuguesa se devem concentrar. As questiúnculas de pormenor devem ser superadas por certos ideais que comandam a vida.
O “Grupo Pestana” é um símbolo de culturas, de turismo, de intercâmbio que irmana os povos e fortalece os pontos de vistas de uma melhor percepção do mundo, que certamente honrará os interesses turísticos angolanos.
EUROPOLITIQUE: Rui Machete e a "mão detrás do arbusto"
A expressão “mão detrás do arbusto”, embora não seja do grande mestre Sócrates, emerge com um conteúdo “socrático” de um aportuguesado político.
Claro que, Rui Machete reunia todos os “pergaminhos de renda” para se tornar Ministro dos Negócios Estrangeiros, embora deixe “muito a desejar”. Todavia a “práxis” política tem demonstrado que sem uma “mãozinha detrás do arbusto” não funciona. Sempre fui adepto de um regime “semi-presidendialista”, (ao contrário de Mário Soares), que não é o caso português, mas a intervenção presidencial vem demonstrar que, concretamente, no caso e seus “affairs” de Moçambique se torna evidente e imperativa. Ainda, bem. No caso angolano, e nas suas implicações, as situações são mais complexas; desde já com a sua carga emocional, sentimental e afectiva.
A nível popular costumava-se dizer que o famoso Álvaro Cunhal viajava sempre em dois carros, um dos quais não se sabia, onde estava. (Ilustre personagem que desde Paris, para mim, se tornou um pouco fantasmagórica, embora a “distância fosse de centímetros”, que nunca permitiu um “olá” parisiense).Claro que a ousadia de Cunhal, “sempre ao lado do povo” nunca se podia aparentar a uma encomenda de dois “Porsches Panaremas” como foi feita para outra ilustre personagem angolana, a "nível popular".
Para além de qualquer pormenor de circunstância, que num contexto cartesiano iria do particular ao geral e vice-versa, sem evocar qualquer "elemento socrático", a “política externa” carece de uma certa clarividência que a “mão detrás do arbusto” imprime com alguma audácia, quando os outros elementos fraqueijam. Por isso, aguarda-se, brevemente, que as “notícias de jornal”, algumas vezes, sórdidas e de mau gosto, sejam ultrapassadas por um tónico que fortaleça as relações angolanas e moçambicanas, para gáudio destes povos.
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