Na procura e defesa de “uma superioridade
moral da Europa”, subjazem meandros que percorrem o seu interior nas facetas de
vários povos; que persistem nas suas diferenças e identidades.
A “Île de ´France”, ou seja, a
região parisiense detém um PIB que ultrapassa muitos países, mas que não joga
um "peso mundial" como a Praça de Londres.
Por isso, aguarda-se que o
referendo dos ingleses não resulte num “Brexit”.
A Europa tem necessidade da "Praça
Financeira" de Londres, e, fica mais empobrecida sem o contributo dos ingleses.
Os franceses parecem que mantêm
um sentido desconfiança em relação aos objectivos e à cooperação com os ingleses.
Por tradição, desde DeGaulle que persiste
esta desconfiança.
A “mentalidade agrícola” dos franceses não "casa" com a
“mentalidade comerciante” dos ingleses, em que o funcionamento do “dinheiro e
do direito”, por tradição histórica e filosófica, revertem no “universo
protestante” anglicano num pragmatismo, enquanto que no “universo católico”
francês se elevam a um certo idealismo, ou seja, o sentido de “entesourizar”.
Esta “mentalidade agrícola”, de
donos e senhores de terra, assenta as suas colunas no “universo católico”, mais
paternalista; onde, por vezes, a "caridade" substitui a "função ou aplicação do
direito".
Há uma expressão francesa,
pouco conhecida a nível do "senso comum" dos gauleses, (aliás, que vem do tempo dos vikings), que
denota esta “mentalidade agrícola”, na medida em que alguém que se dirige ao
outro na “tentativa de comunicar qualquer coisa”, se perverte no sentido de
“pedir alguma coisa”.
A súplica e misericórdia ao “Mon Dieu!...Mon Dieu!...” gaulês difere do
ímpeto e da força do “God – God” britânico.