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segunda-feira, 21 de março de 2016

EUROPOLITIQUE: "A mentalidade agrícola" dos franceses e "a mentalidade comerciante" dos ingleses


Na procura e defesa de “uma superioridade moral da Europa”, subjazem meandros que percorrem o seu interior nas facetas de vários povos; que persistem nas suas diferenças e identidades.
A “Île de ´France”, ou seja, a região parisiense detém um PIB que ultrapassa muitos países, mas que não joga um "peso mundial" como a Praça de Londres.
Por isso, aguarda-se que o referendo dos ingleses não resulte num “Brexit”.
A Europa tem necessidade da "Praça Financeira" de Londres, e, fica mais empobrecida sem o contributo dos ingleses.
Os franceses parecem que mantêm um sentido desconfiança em relação aos objectivos e à cooperação com os ingleses.
Por tradição, desde DeGaulle que persiste esta desconfiança.
A “mentalidade agrícola” dos franceses não "casa" com a “mentalidade comerciante” dos ingleses, em que o funcionamento do “dinheiro e do direito”, por tradição histórica e filosófica, revertem no “universo protestante” anglicano num pragmatismo, enquanto que no “universo católico” francês se elevam a um certo idealismo, ou seja, o  sentido de “entesourizar”.
Esta “mentalidade agrícola”, de donos e senhores de terra, assenta as suas colunas no “universo católico”, mais paternalista; onde, por vezes, a "caridade" substitui a "função ou aplicação do direito".
Há uma expressão francesa, pouco conhecida a nível do "senso comum" dos gauleses, (aliás, que vem do tempo dos vikings), que denota esta “mentalidade agrícola”, na medida em que alguém que se dirige ao outro na “tentativa de comunicar qualquer coisa”, se perverte no sentido de “pedir alguma coisa”.
A súplica e misericórdia ao “Mon Dieu!...Mon Dieu!...” gaulês difere do ímpeto e da força do “God – God” britânico.

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