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domingo, 29 de dezembro de 2013

EUROPOLITIQUE: Combien du "Trésor Public"?


Confesso que, ultimamente, não pactuo com certas observações francesas, apesar de um certo vínculo jurídico, que me podia garantir alguma “personalidade jurídica”. Das minhas lembranças, ressalta a minha antiga professora de Hegel, Hélène Védrine - “grande mestre da política alemã”, e do “seu Weltgeist” – que perguntava: “ça va le Portugal?” Claro que a minha resposta, neste preciso momento, seria: “ça va pas”!...”. Certamente que não iria discutir “questões de soberania”, que para isso não estou mandatado, nem questões do “mais elementar senso comum”, pelas quais, também, por vezes, me oriento. Desde que ouvi um francês dizer-me que “nada temos nada a ver com Angola”, ou, aquele que dizia que “80% do bife, era estrangeiro”, remeti-me para outros tipos de pensamento. Claro que, apesar de algumas observações negativas, admira-se um certo salto que deu o País do “ça va”. Mas, hoje, o “ça va” é sobretudo um problema económico, que não sei se tem a ver com a política. E, por mais estranho que pareça remete-me para o autor alemão; e, logicamente para a economia alemã. Segundo dizem alguns escritores: “não há qualquer aldeia portuguesa que não tenha emigrantes”; Paris tinha um milhão de portugueses, e cem mil desertores (políticos ou não, ou, marcados pela política). A mão de obra portuguesa, fora da “Gaiola Dourada”, renovou os espaços gauleses. Na sua presunção, houve intelectuais que diziam que “não tinham lugar em Portugal”. Como houve muitos que estudaram e se formaram, que por lá ficaram, ou, por aqui estão. Ultimamente encontrei uma factura do “trésor public” que tinha escapado da informatização. Como as estatísticas da emigração portuguesa não são muito fiáveis, nem os dados da contabilidade dos reformados de origem portuguesa são muito evidentes, (claro, fora a Tunísia – Norte de África), arrisco-me a dizer que nesta política europeia, certamente 12,5% do “trésoir public” são do País do “ça va”. Mas, certamente, que os franceses, com a sua metodologia cartesiana, informarão o País do “ça va”, dos direitos portugueses em França: Combien du "Trésor Public"?. MALGRÉ TOUT: BONNE ANNÉE - FRANCE -2014.

EUROPOLITIQUE: Angola: "Adeus parceria"?

Em Paris, “cidade da luz”, encontrar um angolano de “pele branca” não acontece todos os dias. Em Lisboa, “capital do império”, ter colegas angolanos que “não podiam falar porque tinham 500 anos de colonialismo”, também, não acontecia todos os dias. Exibir “imagens do exército colonialista português”, somente, em terras gaulesas, dentro dos princípios e ideais liberais da revolução francesa. - Qual o melhor lugar para içar tal bandeira? - O “Panthéon”? Não. - A “Sorbonne”? Sim. - “O Maio 68, também por lá passou!..” Habituados ao “refrão” – “Angola é nossa” – foi, com tristeza, que vi partir o primeiro contingente da capital de uma província nortenha; por isso, certos apelos de juventude nunca encontraram eco de realização. Apesar do convite de Benguela, nem pai nem filho, se deixaram seduzir pelo “canto da sereia” que encantava tantos portugueses. O destino impus que os cânticos se invertessem em terras estrangeiras. Como, “proscrito”, escutar o “Cântico de Libertação” criou um frenesim de angústia e liberdade. Este cruzamento e encruzilhada remeteu-me para colocar uma questão ao grande escritor angolano - José Eduardo Agualusa. Não sei, se por azar de ter estado em “terras do tio Sam”, a questão já tinha sido colocada nos confins da América. “As doenças mentais” são curadas por um “feitiço” que nos encanta e ludibria, de noite e de dia”, que resiste a qualquer parceria. “A teoria da resistência”, sociologicamente defendida por alguns autores, é a libertação dos oprimidos contra os opressores, ou, do género do feminismo contra o “machismo”. Claro que existem muitos marechais, muitos comandantes e muitos lugar-tenentes na parceria, politicamente correcta e incorrecta, das teias da política que enobrecem com os seus gestos e feitos esta relação. Como também, existem muitas aranhas, escravizadas pelo lucro do aventureiro simples “nobre” dinheiro” das suas entranhas. Mas o “escritor angolano eremita” que do convento medita, canta os rios e montanhas, esquecendo parcerias tamanhas que mereçam tais façanhas. BOM ANO, ANGOLA - 2014.

EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...