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domingo, 29 de dezembro de 2013
EUROPOLITIQUE: Combien du "Trésor Public"?
EUROPOLITIQUE: Angola: "Adeus parceria"?
Em Paris, “cidade da luz”, encontrar um angolano de “pele branca” não acontece todos os dias.
Em Lisboa, “capital do império”, ter colegas angolanos que “não podiam falar porque tinham 500 anos de colonialismo”, também, não acontecia todos os dias.
Exibir “imagens do exército colonialista português”, somente, em terras gaulesas, dentro dos princípios e ideais liberais da revolução francesa.
- Qual o melhor lugar para içar tal bandeira?
- O “Panthéon”? Não.
- A “Sorbonne”? Sim.
- “O Maio 68, também por lá passou!..”
Habituados ao “refrão” – “Angola é nossa” – foi, com tristeza, que vi partir o primeiro contingente da capital de uma província nortenha; por isso, certos apelos de juventude nunca encontraram eco de realização.
Apesar do convite de Benguela, nem pai nem filho, se deixaram seduzir pelo “canto da sereia” que encantava tantos portugueses.
O destino impus que os cânticos se invertessem em terras estrangeiras. Como, “proscrito”, escutar o “Cântico de Libertação” criou um frenesim de angústia e liberdade.
Este cruzamento e encruzilhada remeteu-me para colocar uma questão ao grande escritor angolano - José Eduardo Agualusa. Não sei, se por azar de ter estado em “terras do tio Sam”, a questão já tinha sido colocada nos confins da América.
“As doenças mentais” são curadas por um “feitiço”
que nos encanta e ludibria,
de noite e de dia”,
que resiste a qualquer parceria.
“A teoria da resistência”, sociologicamente defendida por alguns autores, é a libertação dos oprimidos contra os opressores, ou, do género do feminismo contra o “machismo”.
Claro que existem muitos marechais, muitos comandantes e muitos lugar-tenentes na parceria, politicamente correcta e incorrecta, das teias da política que enobrecem com os seus gestos e feitos esta relação.
Como também, existem muitas aranhas,
escravizadas pelo lucro do aventureiro
simples “nobre” dinheiro”
das suas entranhas.
Mas o “escritor angolano eremita”
que do convento medita,
canta os rios e montanhas,
esquecendo parcerias tamanhas
que mereçam tais façanhas.
BOM ANO, ANGOLA - 2014.
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