Com 136 mil milhões de dólares de reservas financeiras, Mouammar Kadafi parece disposto facilmente a comprar a “paz social” de que carece.
Só por ironia o famoso “guru” não marcaria presença na sua auto-manifestação!...
Na disposição de fazer investimentos na ordem dos 30 a 40 mil milhões de dólares, o seu território torna-se apetecível para as empresas europeias.
Por isso, há quem advogue que Kadafi é “uma máquina de sobrevivência política”, e, que o Ocidente pensa, duas vezes, antes de enfrentar a “velha raposa do deserto”.
Se a tradição diplomática europeia se mantiver nos mesmos cânones tradicionais e económicos, é natural que a “máquina de sobrevivência política” se mantenha por mais algum tempo, até que o “jet-bouchon” funcione como fórmula de certa magia.
Além disso, os acordos com os USA de 2003, fornecem um estímulo suplementar para qualquer tipo de ingerência, susceptível de ferir a sensibilidade do regime da Líbia, já que foi convocado o embaixador da Hungria em Tripoli, representante do Conselho dos Vinte-Sete”.
Consta-se que 84 pessoas perderam as suas vidas em território da Líbia. Todavia as informações não são fornecidas por meios jornalísticos livres e isentos, mas por associações dos direitos humanos. A dita liberdade de informação e expressão continua nas “calendas gregas”!...
Ainda que alguns afirmem que 85% dos recursos do petróleo sejam vendidos à Europa, seria necessário relevar as quantidades fornecidas à China, e, modestamente os 730 milhões a Portugal.
Entre pensar “duas vezes”, e tomar uma decisão de “uma vez” reside o dilema europeu.