O velho
“carrocha” parou na “Maputo Down City”, quando rapidamente três pequenos cestos com maços de tabaco se desfilaram
na frente dos compradores.
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“Anda cá, animal” – gritou alguém, o com mais tímido vendedor.
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“ - Dá cá três maços
de tabaco”.
O comprador que
não era o condutor, virou-se para o "gritante anunciador" e perguntou:
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“Por que é que chamaste aquele vendedor?”
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“Quando precisar de um cigarro, ele dá-mo”.
O velho
“carrocha” desenfiou pela rua adiante e num instante se encontrava numa rua
pejada de pilhas de bebidas e de todos os artefactos da mais bela variedade.
Rua enfeitada e colorida de montes de bebidas, roupas, mobílias, etc..
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“Isto é que é comércio!....
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“Comércio informal que não paga taxas e onde todos querem
ganhar algum!...”
Esta cena, típica
dos países africanos, reflecte a panóplia de comércio informal que grassa por
todas as ruas de África.
Por isso, o Governo Angolano, criou uma força
especial para disciplinar o comércio ambulante. Passar do “comércio informal”
para o “comércio formal” não é tarefa fácil na tradição africana. Mas a chegada dos “centros comerciais”, a necessidade de criar “ordem no comércio” e a “cobrança
de receitas” implicam a organização comercial. Além das “medidas de higiene dos
produtos”, a disciplina do comércio implica que os comerciantes se insiram na
modernização da sociedade, e no seu contributo para a sua inserção social. Deste modo, os pequenos passos da corrupção desaparecerão.