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sexta-feira, 26 de outubro de 2012
ANGOLA: "Muitos grãos de milho e muitas cabaças"
Consta que no Sul de Angola, a riqueza pecuária era tanta que certos angolanos contavam as cabeças do seu gado, através de grãos de milho introduzidos nas suas cabaças.
A feitiçaria, a magia negra ou branca, fazem parte de certas tradições africanas, e os seus relatos até chegam ao Ocidente. Mas dizer que estava previsto a vacinação de 9.000 cabeças de gado, quando foram vacinadas 487, ultrapassa as crenças em tais magias, todavia fazendo fé em tais números e proporções.
A produção leiteira angolana situa-se em 5% das suas necessidades.
Se a tradição angolana de outros tempos se vangloriava na contagem de cabaças com grãos de milho, fazendo fé nos seus relatos, não foi certamente os motivos da guerra que levaram a tal fracasso.
Se em Moçambique 70% da sua população está dependente da produção agrícola, e, sobretudo de uma economia de subsistência, tal situação não se conjuga com as suas perspectivas angolanas.
Na África do Sul, um dos maiores produtores de carne bovina é português.
Por isso, apesar da conferência de grandes intelectuais, financiados pela Fundação Eduardo dos Santos, o “trabalho de campo” de certos técnicos carece de um eficaz trabalho de mentalização das suas populações.
Ainda que nos países industrializados menos de 10% da população se dedique à agricultura, contra os 70% dos moçambicanos, as várias etapas do percurso de desenvolvimento passam pela criação bovina, não só como riqueza particular das pessoas mais carenciadas, como também pela produção nacional que ultrapasse os 5% em que se encontra a realidade angolana.
Por isso, urge encontrar as vias necessárias e suficientes para que, a breve tempo, surgem formas de riqueza que, outrora, eram apanágio dos relatos do Sul de Angola.
Muitos grãos de milho e muitas cabaças!...
ALTERNATIVAS P'RA CRISE: 7 Mil Milhões?
Quando se fez o alerta da possível extensão da CGD pelas fronteiras espanholas, longe se estava do “desaire” da sua posterior eficácia; mas, é claro que a gestão cabe, por inteiro, às suas administrações, protegidas pelo Estado.
A banca portuguesa com uma dívida de 56 mil milhões de euros, apesar dos seus depósitos, encaixa três vezes mais este montante em “poupanças”, encontra-se encurralada na promoção de crédito.
Como dizia Belmiro de Azevedo, a limitação de espaço obriga a procurar outros territórios e outras regiões.
Ora, apesar da existência de 7 mil milhões à disposição da banca portuguesa, dado que os sobressaltos de novos financiamentos são um risco, em consequência da sua dívida, não está disponível a correr aventuras e procura jogar pelo seguro.
Portanto, adeus crescimento, de que tanto se fala. Nem as empresas com sucesso comercial merecem tais dádivas.
Avidamente, o Estado conclui que os tais 7 mil milhões de euros constituem uma garantia para sobressaltos posteriores.
Felipe Gonzalez, nos dias dourados da sua governação, dizia: “Haja dinheiro, que eu me encarrego de distribuí-lo”.
Ora, aqui não se trata da distribuição, mas de investimento.
Onde investir?
Num país limitado e de pequeno território, onde não existe confiança e certeza de desenvolvimento, ou, noutras paragens?
Se existem economias a crescer a 6,8% ao ano, bem perto das instituições portuguesas, que carecem de estruturas de retorno assegurado, qual o caminho a prosseguir na procura de mercados e territórios?
Porventura, consultar a equipa de Belmiro Azevedo, talvez fosse um bom prenúncio para tanta fartura nesta secura portuguesa!...
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