A primeira vez que visitei a Alemanha pernoitei numa casa em que a sua patroa já tinha visitado a ilha da Madeira. Portanto, todo o meu apoio vai para o convite da Senhora Merckel para visitar a Madeira.
Claro que não quero ouvir falar da “inocente questão” da venda das ilhas gregas. Aliás, a “questão nada tem de inocente”.
A Alemanha detém na Europa o “poder económico”, falta-lhe o “poder militar”, mas logicamente exibe o “poder político”.
Portanto a chamada e inocente “polis” grega, não pode ficar somente pela simples “organização social” contra os bávaros da Europa, mas deve submeter-se aos seus desígnios. As leis do “sistema de mercado” não se compadece com as “lógicas” das empresas estatais gregas, com uma certa “economia paralela ou subterrânea”, com uma “economia de elite” dos seus armadores náuticos, nem com o despesismo de uma certa classe média. Estado que não está organizado deve submeter-se à lógica do estado hegeliano e à moral kantiana, dignos mestres da “ideologia alemã”. Uma vez desmantelada a Grécia, irrompe em força o “espírito alemão”, por isso é que os gregos se revoltam.
Se, porventura outras alternativas ou perspectivas existissem, elas foram submetidas a este esplendor do “espírito alemão”.
Ainda não sei porque não nos aconselharam a vender a Madeira, tal como outrora um extinto líder sobre ela opinou!...
Todavia, a Ilha da Madeira faz parte de uma “política externa” que o mar nos concedeu.
( A título jocoso, já ouvi um alemão que queria comprar um pouco de mar português.)
Mas o problema não é só o “mar português” e a “Ilha da Madeira”. A extensão desse mar prolonga-se por outras regiões que nada tem a ver com o “espírito alemão”, nem com a sua base territorial. Aí começam as divergências portuguesas com o “sentido absoluto” da filosofia hegeliana.
Certos políticos dizem que “Portugal não é a Grécia”.
A pequenez de um David não sei se chega para um grande Golias!...
O futuro é uma linha no horizonte e de facto e de direito veremos se “Portugal não é a Grécia”!....