Ao redor da Cimeira da Nato
Parece que o único que trazia a lição bem estudada de casa, era a Rússia, exigindo uma réplica do todo: “american people”.
A Europa, com todo o séquito de acólitos esfumou a sua Representante da Política Externa. Nem se viu tal personagem!...
Seria demasiado atrevimento, que certos países europeus, acossados por esta crise que rebenta por todos os lados, ousassem levantar certos pergaminhos de tecnologia militar, ou, afirmação ideológica. Quedaram-se, habilmente pelo silêncio, e pela recta colaboração, já que se revelam incapazes de qualquer interferência em zonas fronteiriças, ou melhor dito, mediterrâneas.
Os romanos justificavam-se com “mare nostrum”, mas em contextos modernos e actuais declina-se no “mare est vostrum”.
De forma que as reuniões não foram muito excitantes, dado o consenso generalizado da “pax romana” do outro lado do Atlântico.
É natural que estas regiões do hemisfério Norte, que detêm metade da riqueza mundial encontrem os escudos protectores da suas economias, sem necessidade das antigas “vedetas” portuguesas correrem atrás da armada russa, pelas costas lusas, como “in illo tempore”.
Os países emergentes vão fazendo o seu trabalho para lentamente levantarem a cabeça, sem uma pequena lembrança, como foi o caso do Brasil.
O grande Tigre Asiático espreita e enfia o nariz de soslaio, redobrando o seu trabalho de formiga, e, emprestando à cigarra para seu devaneio de tanto contentamento.
Oxalá, a Cimeira da Nato, dê forças a esta Europa exsangue.
"E vós europeus?!..." inquiria um americano, nos arredores de Chicago. Se calhar andámos atrás de um conceito de Europa!...
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domingo, 21 de novembro de 2010
Algoritmo do Kadafi.57 - Ao redor da Cimeira da NATO
o redor da Cimeira
A visita de cortesia a Belém, no âmbito estrito da confidencialidade, reproduziu-se num centro nervosismo de interpretações económicas.
A economia americana nem sempre age de forma aberta e visível.
Talvez, o Brasil seja um exemplo do funcionamento subterrâneo dos capitais americanos.
É de bom tom exigir mais investimento americano em Portugal.
Se estamos na média da dívida pública europeia, sem desfalques bancários, nem bolhas no imobiliário, tudo isto não nos iliba dos tentáculos do FMI. Salvo, o orgulho económico, os juros compensam tal intervenção.
Contudo os exemplos da Grécia e da Irlanda não são paradigmáticos para o contexto português, perspectivando somente a vertente económica.
Um pequeno país, capaz de realizar uma cimeira internacional, tem uma repercussão de responsabilidades que interferem noutros países. Neste sentido, algumas preocupações americanas denotam uma certa consciencialização do papel que Portugal joga e desempenha noutros contextos.
Digamos que a cortesia entrou num campo de ousadia que gerou algum nervosismo.
Quando a amizade é extensa, a sua exigência suscita diálogo.
Por isso, o calafrio da Grécia nas bolsas americanas não deve comportar interferências de uma pequena economia que representa um 1% da Europa, embora a sua projecção se estenda às terras do tio Sam.
N.B. "A posteriori" Le Figaro, 22-11-2010.
"Maintenant que l’Irlande a accepté d’être aidée par le fonds européen de stabilité financière, la voie est ouverte pour le Portugal. Si Lisbonne assure toujours ne pas avoir besoin du fonds la pression sur les marchés risque de l’obliger à céder rapidement aussi. D’ici peu, donc, tous les regards vont converger vers l’Espagne, dernier « maillon faible » des PIGS européens (Portugal, Irlande, Grèce et Espagne). Et dernière digue pour sauver l’euro."
A visita de cortesia a Belém, no âmbito estrito da confidencialidade, reproduziu-se num centro nervosismo de interpretações económicas.
A economia americana nem sempre age de forma aberta e visível.
Talvez, o Brasil seja um exemplo do funcionamento subterrâneo dos capitais americanos.
É de bom tom exigir mais investimento americano em Portugal.
Se estamos na média da dívida pública europeia, sem desfalques bancários, nem bolhas no imobiliário, tudo isto não nos iliba dos tentáculos do FMI. Salvo, o orgulho económico, os juros compensam tal intervenção.
Contudo os exemplos da Grécia e da Irlanda não são paradigmáticos para o contexto português, perspectivando somente a vertente económica.
Um pequeno país, capaz de realizar uma cimeira internacional, tem uma repercussão de responsabilidades que interferem noutros países. Neste sentido, algumas preocupações americanas denotam uma certa consciencialização do papel que Portugal joga e desempenha noutros contextos.
Digamos que a cortesia entrou num campo de ousadia que gerou algum nervosismo.
Quando a amizade é extensa, a sua exigência suscita diálogo.
Por isso, o calafrio da Grécia nas bolsas americanas não deve comportar interferências de uma pequena economia que representa um 1% da Europa, embora a sua projecção se estenda às terras do tio Sam.
N.B. "A posteriori" Le Figaro, 22-11-2010.
"Maintenant que l’Irlande a accepté d’être aidée par le fonds européen de stabilité financière, la voie est ouverte pour le Portugal. Si Lisbonne assure toujours ne pas avoir besoin du fonds la pression sur les marchés risque de l’obliger à céder rapidement aussi. D’ici peu, donc, tous les regards vont converger vers l’Espagne, dernier « maillon faible » des PIGS européens (Portugal, Irlande, Grèce et Espagne). Et dernière digue pour sauver l’euro."
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