A CEE não vai ser um “novo Brasil”, ao contrário do que dizia o Dr. Mário Soares, exige determinação, compromisso e empenhamento. As facilidades, o dinheiro fácil acabou.
Faremos os sacrifícios necessários para pagar a factura de muitas “incompetências”, nem que seja nos 24% do nosso modo de vida, como dizem certos economistas americanos.
A Europa do “Brasil”, terá de ser a “selecção portuguesa”, aquela que propagava Cohen Bendit, ou seja, aqueles que lutam e sofrem pela “identidade europeia”.
Aqueles que ousam transformar uma zona de contrabandistas na “Zona Franca da Madeira”.
Aqueles que não tendo capacidade de comprar 100 “Mirages”, como fez o Kadafi, mas se quedaram na modesta quantia dos “F16”, e, que alguns, perguntavam: “para quê”?!...
Esqueceram-se, daqueles que atravessaram fronteiras, que se reuniram aos cem mil para provarem que eram compelidos, refractários ou desertores, mas que não deambulavam pelos “cafés de Paris”.
A nossa afirmação continua viva, com ou sem “Tratado do Euro”, mas evidentemente convictos que “seremos europeus”. Sem o questionamento americano: "e, vós, europeus?"
Mais europeus que certos políticos que sugam o dinheiro da Europa, mais convictos que aqueles que beneficiaram das suas benesses, mas conscientes que o nosso futuro está na identidade europeia.
É, na época de crise, que o grito surge:
A nossa terra, o nosso de 10 de Junho, é a Europa.
A nossa portugalidade é viking, luso-árabe, de Viriato, celto-ibérica, ou seja, é europeia.
É a janela, ou, postigo da Europa, pela qual ela pode ver o mundo, de antanho, “abertos pelos portugueses”.
Ainda que a "Europa dos políticos" possa falhar, terá sempre um substracto da “sociedade civil”, que se afirma, apesar do conselho europeu: “lute pelo seu país”.
"Nós queremos um país europeu".