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sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

EUROPOLITIQUE: A China e o futuro da Globalização




A China apresenta um forte crescimento económico, uma sólida posição financeira (com grandes investimentos estrangeiros), e uma balança de transações com superavit, o que lhe permite amealhar milhões de dólares.
Como consegui fazer este milagre económico?
"Grosso modo", graças a uma economia planificada, com mão-de-obra barata, baixos salários, mas com 700 milhões chineses retirados da pobreza, que descontam 10% para os serviços sociais e de saúde; e, que exibe cidades modernas e a mais extensa rede de alta velocidade.
Viver na cidade é um sonho que se tornou realidade, onde alguns chineses poupam quase 50% das suas economias.
Com um regime político de partido único, (portanto, não democrático), sem liberdades políticas e cívicas, onde a componente económica é a estratégia do seu desenvolvimento, cujo slogan faz jus à frase de Marx: “o homem é um ser económico”.
A globalização é a janela aberta pela China ao mundo, mas esta janela está ancorada na sua casa. O livre comércio mundial funcionará, enquanto for favorável à China?
A tendência dos movimentos anti-globalização  e as políticas de defesa dos interesses nacionais manifesta-se cada vez mais contra a falta de regulamentação económica e comercial mundial. Sobretudo, pela falta uma ética da globalização, preconizada por vários pensadores teóricos.
Os chineses começam a sentir-se vítimas da globalização, aliás, que os têm favorecido. Por isso, o porta-voz das alfândegas chinesas Huang Songping afirma: «a tendência anti-globalização é cada vez mais evidente e a China é a sua maior vítima», segundo a agência Reuters.
Se, os anúncios públicos de Trump se confirmarem muito incertezas surgirão na economia mundial. Algumas já são evidentes no ano transacto.
Em 2016, as compras da China no exterior caíram 5,5%, cujo montante atinge quase 1,5 mil milhões de euros, segundo a agência Reuters. O intercâmbio entre a Europa e os USA diminui 6,8%, com um retrocesso de 3,47 mil milhões de euros. As exportações chinesas registaram uma queda de  7,7%, em 2016, no valor de 1,97 mil milhões de euros, segundo dados da Administração Geral das Alfândegas da China. Acresce-se ainda as flutuações e credibilidade da sua moeda.
A política económica dos USA será uma condicionante do futuro e desenvolvimento da globalização.

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