Carregue nas nuvens da imagem |
Não foi um veado que me olhou de frente em cima de uma fraga,
quando me dirigia ousadamente na direção do Convento San Payo. Foi o olhar de
um manso e suave lobo que não quis farejar a sua indefesa presa. Um jovem,
ainda criança, que não media os perigos da serra, nem pensara em lobos maus,
ousara subir pela encosta do Monte de Pena. No ano anterior a este solitário
passeio, tinha contemplado a ornamental fonte no meio daquele pequeno claustro,
que, apesar de tudo, lhe tinha deixado incertas e incógnitas recordações.
Hoje, mais ao lado da encosta daquela fraga, ergue-se o altaneiro veado do grande mestre José Rodrigues, objeto estético, símbolo das Vila das Artes, que em
nada rivaliza com o mais recente artefacto do "CERLOVE" - "baloiço paisagístico".
Se o metálico, estilizado e estético veado desafia as nuvens no seu
olhar, o recente "baloiço paisagístico" percorre em movimento, a cada instante, a
fugaz paisagem, que se renova em cada lugar.
O “baloiço paisagístico” de cordas marinhas e madeira deambula
ao lado esquerdo do veado, como algo de sinistro e audaz, em que a cada instante
se constrói uma nova imagem. O olhar é tudo, quando sabemos olhar através de novas
e inocentes perspetivas, que nos relançam para um inovador sentido estético. Desta forma, o lugar comum e a sua natureza, transformam-se numa
experiência estética, que se renova a cada movimento.
Portanto:
Coloque nos seus olhos de criança, a avidez de um olhar de lobo esfomeado juntamente com o olhar de placidez de um veado das planícies.
Deixe-se inebriar pela ternura da natureza e da paisagem.
Isoladamente, contemple a sua beleza bucólica.
Flutue na ilusão das águas de um rio, em que não pode mergulhar, duas vezes.
Deixe, em cada instante do seu movimento, a paisagem com a sua presença.
Finalmente, feche os olhos, e lembre-se que, a cada momento e a cada instante, cada cor é diferente, neste "Baloiço do Cervo".
Coloque nos seus olhos de criança, a avidez de um olhar de lobo esfomeado juntamente com o olhar de placidez de um veado das planícies.
Deixe-se inebriar pela ternura da natureza e da paisagem.
Isoladamente, contemple a sua beleza bucólica.
Flutue na ilusão das águas de um rio, em que não pode mergulhar, duas vezes.
Deixe, em cada instante do seu movimento, a paisagem com a sua presença.
Finalmente, feche os olhos, e lembre-se que, a cada momento e a cada instante, cada cor é diferente, neste "Baloiço do Cervo".