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sábado, 3 de janeiro de 2015

EUROPOLITIQUE: A Estatística das Importações Angolanas

Em plena montanha da Suazilândia, os serviços de fronteira da África do Sul exibiam os seus meios informáticos, já lá vai uma década.
Esta rara lembrança vem a propósito da utilização dos serviços estatísticos e informáticos em Angola. Parece que o último censo angolano contém informações que deveriam vir a público. Sem análise estatística cai-se no logro de falsas informações que nada ilustram a realidade angolana.
Se, Portugal, presentemente beneficia de uma boa dose de informação estatística, além do trabalho de organizações particulares como a Prodata, durante muito tempo esteve afastado destes tratamentos numéricos, comparativamente com a França. Aliás, a imprensa francesa socorre-se cabalmente do tratamento informático e estatístico.
Tudo isto, e em parte, tem a ver com as importações angolanas.
Ainda que certos meios jornalísticos e governamentais garantam um excesso de produção de cimento em Angola, verifica-se que o produto mais importado foi precisamente o cimento, no terceiro trimestre de 2014.
E, por ordem decrescente, surge o sector alimentar com importações de açúcar, carnes, miudezas de frango e arroz. Se, a importação de farinha de trigo se pode considerar normal, dado que este bem alimentar é essencial para a população africana, que o digam os moçambicanos, já a importação de peixe não tem grande justificação, ao contrário da importação de “enchidos”, que implica a transformação da carne.
No terceiro trimestre de 2014, 50% dos produtos  pertencem ao sector dos alimentos, entre os 20 produtos mais importados. Curiosamente, a Coreia do Sul ultrapassou a África do Sul, país vizinho de Angola, que ficou em 6.º lugar; e, que representa 10% da totalidade da riqueza africana. Aliás, esta divergência com a África do Sul é sintomática. Como é habitual, a China, Brasil e Portugal lideram as importações angolanas.
A urgência de uma boa “base estatística” e a utilização dos “meios informáticos” são uma inquietação, não só daqueles que se dedicam ao tratamento de dados, como também, presume-se, são um anseio de certos governantes angolanos.

EUROPOLITIQUE: Penúria e Abundância de carros em Angola



A metrópole de Luanda, com a cifra de 6,5 milhões de habitantes, consome ao nível dos combustíveis 10 vez mais que qualquer cidade angolana, onde transitam quase 2 milhões de viaturas.
Se a população de Angola atinge os 24 milhões de habitantes, em que 30% dos seus cidadãos são susceptíveis de possuir meios de transporte próprio, somente a capital, ou seja, Luanda, se pode dar verdadeiramente a este luxo, e, também prejuízo de circulação, já que o exponencial de viaturas no resto do país não corresponde a este percentagem.
Por isso, o porto de Luanda continua a ser o principal ponto de entrada de viaturas, recebendo, nada menos de 31.891 unidades em 2014, com um crescimento de 24,74%, que o distancia  abissalmente  do porto de Cabinda, com os seus 303 veículos, ultrapassando o mítico porto do Lobito.
O consumo de combustíveis em Luanda vem demonstrar que a possível percentagem de 30% de angolanos, com viatura própria, atingiria os 7.200.000 carros, cifra ou montante que está longe das mais optimistas perspectivas.
É claro que as taxas de importação são severas, sobretudo, para viaturas com mais de 5 anos de existência, segundo a Pauta Aduaneira. desde 2005.
Se exceptuarmos alguns países do Norte de África, com algumas fábricas de automóveis, é, sobretudo, o Sudoeste Africano que brilha com uma indústria automóvel, onde pontifica a África do Sul, e países limítrofes que importam veículos do Sudoeste Asiático, em que prevalece Moçambique; e, que dá origem à fuga de viaturas destes territórios.
A modernização de estradas em Angola constitui  uma atracção para a posse e consumo de novas viaturas; mas, ao contrário de Moçambique em que as vias estão inundadas de viaturas importadas do Sudoeste Asiático, este território ainda permanece imune a certas avalanches que em nada traduzem progresso e desenvolvimento. Todavia, o grande e vasto consumo das viaturas em Luanda tem de se estender pelo amplo território angolano, onde a extensão é uma miragem que se prolonga no seu horizonte.

















































































































































































































































































































































































EUROPOLITIQUE: Recordando "Platero y Yo" ....Juan Ramón Jiménez

  Na minha tenra idade escutava os poemas de “ Platero y yo” , com uma avidez e candura própria da inocente e singela juventude, que era o ...